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    Bolsonaro usava militar da Aman para roubar salários de seus assessores (áudio)

    Nas gravações, a fisiculturista Andrea Siqueira Valle, ex-cunhada de Jair Bolsonaro, contou que um colega dele no Exército e tio dela, o coronel da reserva do Exército Guilherme dos Santos Hudson, da Aman, sacava o dinheiro do salário da sobrinha todos os meses como parte do esquema da rachadinha

    (Foto: Mídia NINJA | Reprodução)
    Leonardo Lucena avatar
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    247 - O coronel da reserva do Exército Guilherme dos Santos Hudson atuou no recolhimento de salários do antigo gabinete de Flávio Bolsonaro quando o atual senador exercia um mandato na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). A informação é da fisiculturista Andrea Siqueira Valle, ex-cunhada de Jair Bolsonaro e assessora de Flávio entre 2008 e 2018. O militar é tio de Andrea e de Ana Cristina Valle, segunda mulher de Bolsonaro pai. O coronel foi colega de Bolsonaro na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman) na década de 70. 

    Essa é uma das revelações de uma sequência de reportagens da jornalista Juliana Dal Piva, do Uol, que obteve vários áudios: na primeira, aparece a gravação da ex-cunhada; na segunda, mostra-se que um coronel do Exército, Guilherme dos Santos Hudson, ao lado do ex-PM Fabrício Queiroz, recolhia os salários dos servidores; na terceira, a mulher de Queiroz, Márcia Aguiar, chama Jair Bolsonaro de "01", indicando-o como chefe do esquema de roubo do dinheiros dos funcionários dos gabinetes do clã.

    Nas gravações, Andrea contou que ia com o tio ao banco sacar o dinheiro do salário dela todos os meses. "O tio Hudson também já tirou o corpo fora, porque quem pegava a bolada era ele. Quem me levava e buscava no banco era ele", afirmou Andrea. 

    Na mesma gravação, Andrea disse que estava sendo silenciada. "Não é pouca coisa que eu sei não. É muita coisa que eu posso ferrar a vida do Flávio, ferrar a vida do Jair, posso ferrar a vida da Cristina. Entendeu? É por isso que eles têm medo aí e manda eu ficar quietinha. Não sei o que, tal. Entendeu? É esse negócio aí", disse.

    Por ter sido assessor de Flávio, o coronel Hudson consta do rol de investigados do caso da rachadinha no Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ).

    Ouça: 


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