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Braga Netto joga para outro general culpa pela nomeação de delegado preso no caso Marielle

Rivaldo Barbosa, preso neste domingo, é apontado como um dos arquitetos da morte de Marielle Franco; nomeação aconteceu um dia antes da morte da vereadora

Braga Netto (Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados)

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247 - O general Walter Braga Netto disse neste domingo (24), por meio de nota, que a indicação do delegado Rivaldo Barbosa para o cargo de chefe da Polícia Civil às vésperas do assassinato de Marielle Franco, em 2018, foi sugerido pelo então secretário de Segurança Pública, o general Richard Fernandez Nunes.

O delegado, atualmente sob custódia policial por sua suposta ligação com o planejamento do crime, foi nomeado por Braga Netto em um decreto datado de 8 de março de 2018, assumindo oficialmente o cargo em 13 de março do mesmo ano.

O contexto em que isso ocorreu é crucial: o Rio de Janeiro estava sob intervenção federal, decretada em 16 de fevereiro de 2018, pelo então presidente Michel Temer. Braga Netto foi designado como interventor, tornando-se posteriormente ministro no governo de Jair Bolsonaro. O general também foi vice-presidente na campanha de reeleição de Bolsonaro e, recentemente, foi associado ao plano de golpe de Estado articulado por bolsonaristas.

A defesa de Braga Netto enfatizou que, durante a intervenção, a Polícia Civil estava sob a diretoria da Secretaria de Segurança Pública. "A seleção e indicação para nomeações eram feitas, exclusivamente, pelo então Secretário de Segurança Pública, assim como ocorria nas outras secretarias subordinadas ao Gabinete de Intervenção Federal, como a de Defesa Civil e Penitenciária", afirmaram os advogados.

Adicionalmente, destacaram “por questões burocráticas, o ato administrativo era assinado pelo Interventor Federal que era, efetivamente, o governador na área da segurança pública no RJ", afirmam.

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