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    Chalita é o plano B de Lula

    Ex-presidente gostou de receber recado de um dos lderes da campanha do PMDB Prefeitura de So Paulo: O governo do Chalita ser o nosso governo; pacto de no agresso com o petista Fernando Haddad faz de Jos Serra o adversrio comum

    Chalita é o plano B de Lula (Foto: Montagem/247)
    Gisele Federicce avatar
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    Marco Damiani _247 – Uma mensagem curta, disparada por um dos principais incentivadores da candidatura do deputado Gabriel Chalita, do PMDB, à Prefeitura de São Paulo, levou ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva mais segurança na missão autoestabelecida de renovar a cena política paulistana. “O governo do Chalita será o nosso governo”, fez-se saber a Lula.

    Emitida nos momentos de preparação da convenção municipal do partido, no domingo 22, e semanas após o pacto de não agressão firmado entre o próprio Chalita e o candidato do PT, Fernando Haddad, a frase soou como a peça que faltava no quebra-cabeça da eleição na maior cidade do País. Ambos os candidatos têm em José Serra, do PSDB, o adversário comum – e Lula, nos dois concorrentes, passa a contar com uma parelha para despejar sua aposta, na reta final das definições, no nome mais competitivo.

    A olho nu, neste momento, a disputa pela vaga de anti-Serra no segundo turno está bem mais para Chalita – o tucano se mantém, sem adversários, como líder nas pesquisas, mas é incerto que ele resolva a eleição na primeira volta. A convenção dominical do PMDB representou um momento de união de forças do partido em torno de Chalita. Ele saiu do encontro como presidente do diretório municipal do partido, lastreado pelo apoio do vice-presidente Michel Temer e com um programa de governo que vai sendo produzido pela Fiesp, a sempre poderosa Federação das Indústrias de São Paulo. Enfeixou, assim, poder político sobre a legenda, garantiu blindagem institucional e, ainda, posicionou sua candidatura na faixa mais adequada para a obtenção de doações significativas. De quebra, fechou coligaçõs com mais de uma dezena de pequenos partidos, somando tempo no horário eleitoral gratuito.

    Para Lula, que já reiteirou sua fiança a Haddad, mas ainda espera pelo crescimento da candidatura – rumores entre os petistas apontam para excelentes resultados do ex-ministro já nas próximas pesquisas, mas isso ainda é uma expectativa --, ter um plano B é confortável. Melhor que isso, é natural.

    Primeiro, Chalita é alinhado com o vice Temer, que já demonstrou jogar muito mais na estabilidade do que na agitação. Ponto dois, o candidato, apesar de ser um ex-tucano, já elegeu como adversária a dupla Serra, que, segundo contou, não o cumprimenta, e o prefeito Gilberto Kassab. Fica fora dessa mira, é claro, seu amigo pessoal governador Geraldo Alckmin – o que, por seu lado, torna Chalita também palatável a uma grande parcela das bases tucanas.

    Para Lula, que cumpre, à risca, sua promessa de dar o seu melhor para Haddad, caso não dê certo, a aposta em Chalita é segura. Se perder, o ex-presidente não é seu aliado oficial. Mas, se chegar lá, o espaço para indicações e um diálogo aberto com o ex-presidente já estão assegurados.

    Chalita tem na igreja católica a sua principal base, o que mais uma vez o aproxima de Lula, um político que sempre contou com as simpatias das alas mais progressistas da instituição. Para lembrar, até mesmo a filha do ex-presidente, Lurian, é uma das principais entusiastas da candidatura de Chalita, de quem se mostra uma verdadeira fã. Se isso não é visto, exatamente, como um fato político, atrapalhar não atrapalha. Os desempenhos eleitorais de Chalita e da Haddad, nas próximas semanas, monitorados pelas pesquisa de opinião, irão definir o quanto Lula verá com simpatia esse seu plano B.

     

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