Considerando-se traído por Bolsonaro, Alto Comando do Exército reúne-se nesta quarta para discutir “crise Pazuello”
Os generais que compõem o Alto Comando do Exército fazem uma reunião virtual nesta quarta-feira na qual discutem a punição a Eduardo Pazuello, que ainda é general da ativa, por participar de comício com Bolsonaro no Rio, o que é proibido pelas normas castrenses
247 - Os generais de quatro estrelas que lideram o Exército estão indignados com a nomeação do general de três estrelas Eduardo Pazuello para um cargo no Palácio do Planalto, como Secretário de Estudos Estratégicos da Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos (SAE). O Alto Comando do foi pego de surpresa, e discute a “crise Pazuello” em reunião virtual nesta quarta-feira (2).
Assim como o comandante Paulo Sérgio de Oliveira, os demais generais consideram-se traídos por Bolsonaro e pelos também generais e ministros Luis Eduardo Ramos, da Casa Civil, e Walter Braga Netto, da Defesa, informa a jornalista Malu Gaspar em O Globo.
Pazuello está respondendo a um procedimento disciplinar por violar o Estatuto dos Militares e o Regulamento Disciplinar do Exército, que proíbem seus oficiais de participar de manifestações políticas coletivas -ele participou da “motociata” de Bolsonaro no Rio em 23 de maio passado.
A decisão do comandante do Exército, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, deve sair até o final da semana.
Segundo Malu Gaspar, em reuniões internas realizadas nesta terça-feira vários generais interpretaram a nomeação de Pazuello para a SAE como uma tentativa de Bolsonaro de "criar embaraços" para uma punição. Ele tem deixado claro em recados à cúpula do Exército que não admite uma punição a seu protegido.
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