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    Dilma: Governo “não ficará quieto” sobre bloqueios

    Presidente cita "ordem e progresso" ao criticar protestos de caminhoneiros que têm bloqueado rodovias em diversos Estados brasileiros; "É fundamental no país que estradas não sejam interrompidas. O meu governo não ficará quieto durante o processo de interrupção de rodovias", disse a presidente, em cerimônia que anunciou R$ 11 bilhões para a instalação de 50 terminais privados; Dilma disse ainda não concordar "com processos que levem a qualquer turbulência nas atividades produtivas e na vida das pessoas"; manifestações de hoje afetam seis estados, mesmo depois de a Justiça ter determinado desbloqueio

    Dilma: Governo “não ficará quieto” sobre bloqueios
    Gisele Federicce avatar
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    247 – A presidente Dilma Rousseff criticou, nesta quarta-feira 3, as manifestações de caminhoneiros que têm bloqueado trechos de rodovias em diversos Estados do País. Segundo ela, que anunciou investimentos de R$ 11 bilhões em 50 novos terminais privados, "é fundamental" que as estradas brasileiras não sejam interrompidas. "O meu governo não ficará quieto durante o processo de interrupção de rodovias", afirmou a presidente, durante cerimônia no Palácio do Planalto.

    "É fundamental no país que estradas não sejam interrompidas. O meu governo não ficará quieto durante processo de interrupção de rodovias", declarou Dilma, que citou o "ordem e progresso" da bandeira brasileira para afirmar que defende as manifestações pacíficas, mas que o Brasil também precisa de ordem, tanto para a democracia quanto para a vida dos brasileiros. "Uma coisa são manifestações pacíficas que muito engrandecem o país, outra coisa é acreditar que o país possa viver sem estabilidade", disse.

    A presidente destacou ainda a importância da democracia e o respeito à produção, circulação e à vida das pessoas. "Não concordamos com processos que levem a qualquer turbulência nas atividades produtivas e na vida das pessoas. O governo não negocia isso", afirmou. Nesta terça-feira 2, os protestos de motoristas de caminhões afetaram oito estados brasileiros, sendo Minas Gerais o mais prejudicado.

    Nesta quarta-feira, mesmo depois de a Justiça ter determinado o desbloqueio das rodovias, manifestantes ignoraram a ordem e continuam com os protestos, pelo terceiro dia, em seis estados: Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. O Movimento União Brasil Caminhoneiro reinvindica melhores condições de trabalho, subsídio no preço do óleo diesel, isenção do pagamento de pedágios para caminhões e uma Secretaria do Transporte Rodoviário de Cargas e avisa que as manifestações continuarão até às 6h de quinta-feira.

    Investimentos no sistema portuário

    O anúncio feito nesta quarta-feira é referente à construção dos primeiros terminais de uso privado (TUPs). Serão instalados 50 terminais, num aporte da ordem de R$ 11 bilhões de investimentos privados, que, de acordo com o governo, vão contribuir para remover os entraves do setor, aumentar a capacidade portuária e elevar a concorrência, com mais eficiência e menor custo logístico.

    "Temos certeza que essa nova Lei dos Portos, executada com eficiência, não só vai ampliar a concorrência entre os prestadores de serviços portuários como vai aumentar oportunidades, mais possibilidades de investimentos", declarou a presidente Dilma, durante seu discurso. Os projetos serão construídos principalmente na região Norte, fronteira agrícola mineral, e devem movimentar aproximadamente 105 milhões de toneladas de cargas.

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