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Esquema de espionagem ilegal da Abin foi "sistematicamente usado" em 2022 e em "cerco ao STF"

Segundo investigadores da PF, o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes teria sido uma das vítimas do monitoramento clandestino

(Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)

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247 - Um esquema de espionagem ilegal executado por servidores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) foi utilizado de forma sistemática ao longo de 2022, ano eleitoral, de acordo informações do jornalista César Trali, da GloboNews. Segundo a Polícia Federal, a investigação do caso revelou que agentes da Abin teriam montado um cerco ao Supremo Tribunal Federal (STF), realizando uma extensa operação de espionagem eletrônica que rastreou centenas de aparelhos celulares pertencentes a frequentadores do STF.

Os investigadores revelaram que, para evitar deixar rastros, suspeita-se que os envolvidos tenham apagado a grande maioria dos registros dos acessos aos sistemas de monitoramento.

Durante a investigação, foi identificado na lista de acessos um homônimo do ministro do Supremo Alexandre de Moraes. Essa descoberta reforça a suspeita de que o ministro pode ter sido alvo do esquema de espionagem ilegal. >>> Espionagem ilegal da Abin ocorreu sob a direção de Ramagem, homem de confiança de Bolsonaro

Ainda de acordo com o jornalista, uma grande preocupação dos investigadores reside no fato de que, por meio do esquema clandestino de localização de aparelhos celulares, seria possível utilizar sistemas sofisticados adicionais de espionagem para acessar o conteúdo de telefonemas e mensagens dos alvos. No entanto, até o momento, as informações disponíveis se limitam à obtenção da localização dos aparelhos, sem evidências de acesso ao conteúdo das comunicações. >>> Servidores da Abin realizaram mais de 30 mil monitoramentos ilegais de cidadãos brasileiros, diz PF

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