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Deputado alvo da PF, Gayer acumula histórico de denúncias por racismo, assédio eleitoral e fake news

Histórico de polêmicas reforça perfil controverso do parlamentar bolsonarista investigado pela Polícia Federal

Gustavo Gayer (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

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247 - A operação deflagrada nesta sexta-feira (25) pela Polícia Federal marca mais um capítulo nas polêmicas envolvendo o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO), que agora é investigado por suspeita de desvio de verbas parlamentares. Gayer, já acusado de racismo e de disseminar notícias falsas, teria direcionado recursos públicos a uma Organização de Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) criada com documentos falsificados. Em uma das residências vasculhadas, policiais encontraram R$ 72 mil em espécie, alimentando as suspeitas de um esquema que pode incluir crimes de peculato e falsidade ideológica.

O deputado, um aliado fervoroso de Jair Bolsonaro, acumula polêmicas de peso em sua trajetória política. Em junho de 2022, Gayer foi denunciado ao Supremo Tribunal Federal (STF) por incitação ao racismo após uma declaração durante um podcast, onde, na presença de Gayer, o apresentador comparou o QI da população africana ao de macacos. A denúncia foi levada ao STF por deputadas do PSOL, que acusaram Gayer de induzir discriminação e preconceito racial. Mais recentemente, o deputado associou nordestinos a uma galinha que “se contenta com migalhas”, declaração feita durante um evento de educação na Bahia, que repercutiu amplamente nas redes sociais e foi vista como um desrespeito à população da região.

Reportagem do jornal O Globo destaca ainda, que além das acusações de racismo, Gayer responde também por assédio eleitoral. Em dezembro, o Tribunal do Trabalho de Goiânia o condenou a pagar R$ 80 mil por coagir trabalhadores a votar em Bolsonaro. Segundo o Ministério Público do Trabalho, Gayer teria realizado visitas a empresas durante a campanha de 2022, pressionando os funcionários a votarem no então presidente. A defesa do parlamentar alega que ele apenas apresentou propostas de campanha a convite dos empresários, mas as acusações foram mantidas. Após a condenação, Gayer atacou a procuradora envolvida, chamando-a de “petista histérica” e criticando seu parecer. Com a operação de hoje, que cumpre 19 mandados de busca e apreensão, o histórico de Gayer na política se complica ainda mais, tornando seu caso um dos mais controversos no cenário atual.

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