'Inocentada' por inquérito, oposição mira ministra
Após inquérito da Polícia Federal concluir que o boato de maio sobre o fim do programa do Bolsa Família foi "espontâneo", parlamentares da oposição anunciam que vão entrar com representação contra a ministra da Secretaria dos Direitos Humanos, Maria do Rosário; na época dos boatos, quando milhares de pessoas buscaram os benefícios em agência da Caixa, a ministra atribuiu os rumores à "central de notícias da oposição"; "Ela precisa responder por esse ato", diz o líder do DEM na Câmara, Ronaldo Caiado (GO)
247 - Parlamentares da oposição anunciaram que vão entrar com representação contra a ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário, na Comissão de Ética Pública do governo por ela ter responsabilizado os oposicionistas pelos boatos sobre o fim do programa Bolsa Família, em maio. Nesta sexta-feira, a encerrou o inquérito sobre o caso, concluindo que o boato que levou milhares de pessoas a agências da Caixa Econômica Federal e a casa lotéricas de 12 Estados "foi espontâneo".
À época do caso, Maria do Rosário disse que os boatos sobre o fim do programa devia ter surgido da oposição. "Boatos sobre fim do bolsa família deve ser da central de notícias da oposição. Revela posição ou desejo de quem nunca valorizou a política", escreveu a ministra em sua conta no Twitter, sem dar mais explicações (relembre). Diante de protestos, Maria do Rosário apagou o comentário e retirou o que disse, mas o estrago estava feito.
"Uma ministra de Estado não pode ter esse comportamento, uma ação político-eleitoreira, querendo transferir a desorganização do governo para a oposição. Ela precisa responder a esse ato", criticou nesta sexta-feira, após a conclusão do inquérito pela PF, o líder do DEM na Câmara, Ronaldo Caiado (GO), que será responsável pela ação contra Rosário na comissão.
O deputado disse que que a disputa eleitoral antecipada levou a petista a acusar DEM e PSDB pela disseminação dos boatos, na mesma linha de outros oposicionistas. "Os petistas não hesitam em fazer média com a inquietação da população. Não hesitaram em fazer factoide político com uma mentira em ano pré-eleitoral", criticou o presidente do DEM, senador José Agripino Maia (RN).
Segundo o senador, o governo sabia desde o início que falhas técnicas tinham desencadeado os boatos. "Atribuíram à oposição uma coisa que eles sabiam ser falha do sistema deles", completou. Vice-líder do PSDB, o senador Álvaro Dias (PR) engrossou o coro: "Não era necessário nem nos dizer que não era a oposição porque estava visível que se tratava de uma lambança dentro do próprio governo, na Caixa Econômica Federal. Nós queríamos que as investigações alcançassem outras instâncias, mas isso não avançou",
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