José Dirceu alerta para subestimação de Bolsonaro e diz: "eleição se ganha na campanha"
"É durante a campanha e na disputa política e eleitoral que se ganha ou se perde a eleição", destaca o ex-ministro
247 - O ex-ministro José Dirceu, em artigo publicado nesta sexta-feira no Poder 360, analisa o cenário eleitoral deste ano e alerta para a subestimação de Jair Bolsonaro (PL).
Ele afirma, corroborado pelas pesquisas, que o pleito será polarizado entre Bolsonaro e o ex-presidente Lula (PT) e aponta razões para a inviabilidade da terceira via: "pagam um preço pelo golpe, pelo apoio à Lava Jato e aos processos políticos, sumários e de exceção que levaram à condenação e prisão de Lula, pelo fracasso retumbante das chamadas reformas de Temer e Bolsonaro que levaram o país à atual crise social e econômica".
Ele destaca, no entanto, que "a disputa entre Lula e Bolsonaro não se trata de uma polarização nefasta e perigosa como vende certa mídia e mesmo os partidos da dita 3ª via. Mas da realidade e dos caminhos que projetos que se apresentam ao país com apoio de bases sociais e eleitorais que se formaram nos últimos 40 anos".
O ex-ministro lembra a trajetória das esquerdas no Brasil que, segundo ele, sempre estiveram ao lado do povo. Este fato, diz Dirceu, será decisivo na eleição.
Apesar das pesquisas favoráveis a Lula, Dirceu alerta para a subestimação de Bolsonaro: "é durante a campanha e na disputa política e eleitoral que se ganha ou se perde a eleição. Não se pode subestimar Bolsonaro por razões óbvias: tem 25% de votos firmes, o governo federal e vários estaduais, bancadas de deputados e vereadores, prefeitos, 3 partidos nacionais (PP, PL, Republicanos) com amplos poderes no governo e no Congresso, com uso e abuso do Orçamento e da máquina pública. A isso se soma o uso das redes sociais e o recurso maciço de fake news. Sem falar no apoio evangélico, que já não é mais tão majoritário como na eleição de 2018. O voto do eleitorado anti-Bolsonaro ou do eleitorado democrático não pode ser subestimado e poderá ser decisivo na vitória de um ou outro candidato".
"O fato é que se vence ou se perde uma eleição nas campanhas, com erros e incompreensão de ações do governo ou de fatos novos, na nossa capacidade de comunicação e mobilização de nossos apoiadores, bases sociais e eleitorais, nas alianças e palanques estaduais, nas chapas de candidatos, na nossa unidade ou divisão. Sobretudo, é importante a mensagem do que propomos para o futuro de nosso povo e do Brasil; se somos capazes de encantar e mobilizar a maioria do nosso povo trabalhador, de unir o país para retomar seu caminho democrático; o diálogo; o consenso progressivo; fazer as mudanças necessárias para retomar nosso papel no mundo; e, principalmente, o crescimento econômico com distribuição de renda e justiça social", conclui o ex-ministro.
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