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    Justiça decide que delação não é prova e arquiva investigação sobre Mercadante e Edinho Silva

    Justiça Eleitoral de São Paulo pediu o arquivamento de uma denúncia de caixa dois contra os ex-ministros. A decisão do promotor teve como base o argumento de que a delação premiada de um ex-diretor da Odebrecht por si só não é prova suficiente no processo

    Brasília - O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, participa do 1º Encontro Nacional dos Fóruns Permanentes de Educação, com o tema Direito à educação para sociedade democrática (JoséCruz/Agência Brasil)

    247 - A Justiça Eleitoral de São Paulo arquivou uma denúncia de caixa dois contra os ex-ministros do PT Aloizio Mercadante e Edinho Silva.

    A decisão do promotor eleitoral teve como base o argumento de que a delação premiada de um ex-diretor da Odebrecht por si só não é prova suficiente.

    Os fatos relatados pelos delatores Benedito Júnior e Carlos Armando Paschoal estavam relacionados à campanha de Mercadante ao governo de São Paulo, em 2010, quando Edinho, atual prefeito de Araraquara (SP), era presidente do PT paulista.

    Segundo disseram os executivos, houve pagamento de R$ 1 milhão para a campanha via caixa dois. O promotor, no entanto, destacou que os fatos narrados não foram confirmados ao longo do processo.

    “Observa-se que os fatos narrados pelos colaboradores não foram confirmados por outras pessoas ou documentos, remanescendo somente as suas versões dos fatos”, escreveu o promotor Flávio Turessi.

    O advogado Pierpaolo Bottini afirmou que o arquivamento era necessário, “uma vez que o próprio Supremo Tribunal Federal entende que a mera palavra do delator não é suficiente para a instauração de ação penal”.

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