Lula: ‘cessar-fogo entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza traz esperança’
'Muito sofrimento e destruição', lamentou o presidente, que defendeu 'paz e estabilidade no Oriente Médio'
247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva publicou nesta quarta-feira (15) uma mensagem ressaltando a relevância das negociações para um cessar-fogo na Faixa de Gaza, resultado de um acordo sendo discutido entre Israel e o grupo Hamas.
“Depois de tanto sofrimento e destruição, a notícia de que um cessar-fogo foi finalmente negociado em Gaza traz esperança. Que a suspensão dos confrontos e a libertação dos reféns contribuam para uma solução duradoura, promovendo paz e estabilidade no Oriente Médio”, escreveu Lula na rede social X.
O acordo prevê a retirada progressiva das forças israelenses da região central de Gaza e o retorno de palestinos deslocados ao norte do território. O Hamas se compromete a libertar 33 reféns israelenses, incluindo mulheres (tanto militares quanto civis), crianças e homens acima de 50 anos. Por cada refém civil liberado, Israel soltará 30 prisioneiros palestinos, enquanto 50 serão libertados para cada soldado israelense resgatado.
Outro ponto do acordo inclui a entrada diária de 600 caminhões de ajuda humanitária em Gaza durante o cessar-fogo, sendo 50 transportando combustível e 300 destinados ao norte do território.
Estatísticas do conflito
Em outubro de 2023, as Forças de Defesa de Israel lançaram a “Operação Espadas de Ferro” e impuseram um bloqueio completo à Faixa de Gaza. Dados do Ministério da Saúde de Gaza indicam que mais de 46 mil palestinos morreram desde o início dos ataques israelenses em 7 de outubro de 2023.
O conflito foi desencadeado por uma ofensiva sem precedentes do Hamas, que incluiu ataques com foguetes a partir de Gaza, invasões a áreas israelenses e a captura de reféns. Cerca de 1.200 pessoas morreram nesse ataque inicial, e mais de 250 indivíduos foram levados para Gaza como reféns.
Corte Internacional de Justiça
Em dezembro de 2023, a África do Sul apresentou uma queixa contra Israel na Corte Internacional de Justiça (CIJ), acusando o país de ações genocidas na Faixa de Gaza. O governo sul-africano argumentou que os ataques israelenses violam a Convenção para a Prevenção e Repressão do Crime de Genocídio. Israel, por sua vez, alegou que estava agindo em legítima defesa contra ataques terroristas. O Brasil expressou apoio à ação sul-africana.
Em janeiro de 2024, a CIJ ordenou que Israel adotasse medidas para prevenir o genocídio em Gaza, responsabilizasse os envolvidos e garantisse a entrada de ajuda humanitária. No entanto, a corte não exigiu a suspensão da ofensiva militar israelense.
Em novembro de 2024, a CIJ emitiu mandados de prisão contra o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa Yoav Gallant e lideranças do Hamas, citando crimes de guerra. Ambos os lados negaram as acusações.
❗ Se você tem algum posicionamento a acrescentar nesta matéria ou alguma correção a fazer, entre em contato com redacao@brasil247.com.br.
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no Telegram do 247 e no canal do 247 no WhatsApp.
iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista: