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    Lula: ‘cessar-fogo entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza traz esperança’

    'Muito sofrimento e destruição', lamentou o presidente, que defendeu 'paz e estabilidade no Oriente Médio'

    Lula (Foto: Ricardo Stuckert / PR)
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    247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva publicou nesta quarta-feira (15) uma mensagem ressaltando a relevância das negociações para um cessar-fogo na Faixa de Gaza, resultado de um acordo sendo discutido entre Israel e o grupo Hamas.

    “Depois de tanto sofrimento e destruição, a notícia de que um cessar-fogo foi finalmente negociado em Gaza traz esperança. Que a suspensão dos confrontos e a libertação dos reféns contribuam para uma solução duradoura, promovendo paz e estabilidade no Oriente Médio”, escreveu Lula na rede social X.

    O acordo prevê a retirada progressiva das forças israelenses da região central de Gaza e o retorno de palestinos deslocados ao norte do território. O Hamas se compromete a libertar 33 reféns israelenses, incluindo mulheres (tanto militares quanto civis), crianças e homens acima de 50 anos. Por cada refém civil liberado, Israel soltará 30 prisioneiros palestinos, enquanto 50 serão libertados para cada soldado israelense resgatado.

    Outro ponto do acordo inclui a entrada diária de 600 caminhões de ajuda humanitária em Gaza durante o cessar-fogo, sendo 50 transportando combustível e 300 destinados ao norte do território.

    Estatísticas do conflito

    Prédios destruídos no campo de refugiados de Jabalia, no norte da Faixa de Gaza
    Prédios destruídos no campo de refugiados de Jabalia, no norte da Faixa de Gaza. Foto: Mahmoud Issa / Reuters

    Em outubro de 2023, as Forças de Defesa de Israel lançaram a “Operação Espadas de Ferro” e impuseram um bloqueio completo à Faixa de Gaza. Dados do Ministério da Saúde de Gaza indicam que mais de 46 mil palestinos morreram desde o início dos ataques israelenses em 7 de outubro de 2023.

    O conflito foi desencadeado por uma ofensiva sem precedentes do Hamas, que incluiu ataques com foguetes a partir de Gaza, invasões a áreas israelenses e a captura de reféns. Cerca de 1.200 pessoas morreram nesse ataque inicial, e mais de 250 indivíduos foram levados para Gaza como reféns.

    Corte Internacional de Justiça

    Em dezembro de 2023, a África do Sul apresentou uma queixa contra Israel na Corte Internacional de Justiça (CIJ), acusando o país de ações genocidas na Faixa de Gaza. O governo sul-africano argumentou que os ataques israelenses violam a Convenção para a Prevenção e Repressão do Crime de Genocídio. Israel, por sua vez, alegou que estava agindo em legítima defesa contra ataques terroristas. O Brasil expressou apoio à ação sul-africana.

    Em janeiro de 2024, a CIJ ordenou que Israel adotasse medidas para prevenir o genocídio em Gaza, responsabilizasse os envolvidos e garantisse a entrada de ajuda humanitária. No entanto, a corte não exigiu a suspensão da ofensiva militar israelense.

    Em novembro de 2024, a CIJ emitiu mandados de prisão contra o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa Yoav Gallant e lideranças do Hamas, citando crimes de guerra. Ambos os lados negaram as acusações.

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