Lula clama por fim do genocídio cometido por Israel: 'o tempo vai provar que eu estava certo. Temos que reagir'
'O povo palestino tem o direito de criar o seu país', disse o presidente
247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta segunda-feira (4) que "o tempo vai provar" o quanto ele estava certo ao fazer uma comparação entre o genocídio contra palestinos na Faixa de Gaza e o Holocausto (1941-1945), período em que cerca de seis milhões de judeus foram mortos na Alemanha nazista, comandada pelo então ditador Adolf Hitler (1889-1945).
"Há 20 dias, como eu apanhei porque falei da Palestina. O povo palestino tem o direito de viver, de criar o seu país", disse Lula, que na Conferência Nacional de Cultura, em Brasília (DF), onde também criticou a administração do governo Jair Bolsonaro na área cultural.
De acordo com o presidente, não é aceitável anunciar doação de comida e ajuda humanitária para a população em Gaza, mas "mandar bala, mandar morte para aquelas pessoas". "Até quando a gente vai ter medo? Até quando vamos nos curvar? Temos que reagir em nome da democracia e das instituições".
Na semana passada, o presidente reafirmou que os ataques de Israel em Gaza são um genocídio. As comparações feitas por Lula ganharam repercussão internacional. Só no continente latino-americano, os presidentes como Gustavo Petro (Colômbia), Miguel Díaz-Canel (Cuba) e o ex-presidente boliviano Evo Morales também usaram a palavra holocausto para condenar os crimes cometidos por forças israelenses.
Mais de 30 mil palestinos morreram em Gaza desde o dia 7 de outubro do ano passado por conta dos bombardeios de Israel. Na última semana, um ataque brutal deixou mais de 110 mortos enquanto aguardavam ajuda humanitária na Faixa de Gaza.
Segundo o chefe de direitos humanos das Nações Unidas, Volker Turk, é necessário evitar exacerbação da guerra em Gaza, alertando que qualquer conflagração poderia ter repercussões em todo o Oriente Médio e fora da região.
Autoridades da África do Sul já denunciaram Israel na Corte Internacional de Justiça, mas a CIJ recomendou apenas que o governo israelense parasse com os crimes em Gaza. Na prática, o genocídio continuou. Israel não quis participar das negociações deste domingo (3) no Egito para um cessar-fogo.
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