Lula diz que não terá interlocutores com mercado e nem 'Posto Ipiranga': "não vou ficar indicando economista"
Lula defende que o “candidato a presidente é quem deve falar sobre economia”
Reuters - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira que falará com os representantes do mercado financeiro quando houver interesse, e reafirmou que não irá indicar um interlocutor para conversar em seu nome.
"O mercado precisa conversar com o candidato a presidente. E na hora que eu tiver interesse eu vou conversar com o mercado. Eu não vou ficar indicando economista. Eu tenho 90 economistas participando do grupo de trabalho, tem gente do mercado, eu não vou queimar um ou outro economista", disse Lula em entrevista à Rádio Bandeirantes de Porto Alegre.
Desde que começou a se colocar como candidato, Lula vem sendo cobrado para que tenha um interlocutor com o mercado financeiro, ou um porta-voz econômico, mas o ex-presidente se recusa. A aliados próximos, ele repete que o porta-voz é ele mesmo e o candidato a presidente é quem deve falar sobre economia.
No entanto, Lula também tem encontros para convidados reservados, particulares, com pessoas com quem tem relacionamento pessoal.
Aos encontros para os quais são convidados, Lula tem representantes variados. Já foram os almoços e jantares nomes como o presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann, o ex-governador do Piauí Wellington Dias e o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega.
Lula foi questionado sobre o nome de Pérsio Arida, um dos formuladores do Plano Real, que teria surgido como um dos nomes possíveis para ser esse interlocutor. Há uma semana, o Glei informou que há duas reuniões de governo da Fundação Perseu de Lula, que trabalha no programa de busca de um interlocutor. Posteriormente, o próprio simplificado que está colaborando de forma permanente com o partido.
"O Pérsio Arida foi indicado pelo companheiro Alckmin para conversar com a Fundação Perseu Abramo sobre o programa de governo, e ele foi conversar. Acho que é razoável que se converse, nós não queremos conversar com todo mundo. O programa de governo não pode ser do PT, ou programa de governo tem de ser desses sete partidos que estão conosco e mais da sociedade", afirmou o ex-presidente.
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