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    Lula diz que negociação com o Centrão é "normal" e visa "dar tranquilidade ao governo" no Congresso

    Presidente garantiu que encontrará espaço no governo para abrigar os novos aliados: "em qualquer lugar do mundo você faz acordo. É assim que é o jogo"

    Lula e Arthur Lira (Foto: Ricardo Stuckert | Pablo Valadares/Câmara dos Deputados)

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    247 - Em meio ao processo de conversas com o Centrão, que pleiteia cargos na Esplanada dos Ministérios em troca de apoio no Congresso Nacional, o presidente Lula (PT) classificou este tipo de negociação como “normal” e garantiu que o governo buscará espaços para abrigar os novos aliados. “É normal que se esses partidos quiserem apoiar a gente eles queiram participar do governo, e você tentar arrumar um lugar para colocar, para dar tranquilidade ao governo nas votações que nós precisamos para melhorar aprimorar o funcionamento do Brasil. É exatamente isso que vai acontecer”. >>> Lula detalha dores no quadril e diz que vai operar em outubro: 'enquanto me recupero o Alckmin fica no comando'

    Lula ainda rechaçou o uso pejorativo da expressão “Centrão” e disse que busca negociar individualmente com cada partido. Ele também criticou a imprensa por tratar os acordos entre governo e setores do Congresso como ‘toma lá, dá cá’. “Às vezes o jornalista vai para o microfone e ele não tem muito o que falar, então ele começa a divagar, vai encontrando coisa que você nem sabe que aconteceu. O Lula não conversa com o Centrão. O Lula conversa com os partidos políticos individualmente. Eu posso conversar com o PP, com o União Brasil, com os partidos que são da base, mas eu não reúno o Centrão. O Centrão não existe. O Centrão é o ‘ajuntamento’ de um grupo de partidos em determinadas situações. Eles nasceram na constituinte de 88, não queriam que a esquerda avançasse muito. Quando a gente estava colocando muitas medidas sociais, criou-se o Centrão, ou seja, todos os partidos mais conservadores se juntaram. Eles estão aí representados em 50 partidos. Então eu não quero conversar com o Centrão enquanto organização, eu quero conversar com o PP, com o Republicanos, com o PSD, com o União Brasil”.

    “Em qualquer lugar do mundo você faz acordo, mas aqui no Brasil é tudo ‘dando que se recebe’. Então eu trato isso com mais clareza, com mais simpatia. Eu converso com deputado, converso com senador, mandei um projeto de lei, ele não é obrigado a concordar com o meu projeto, ele pode propor mudanças, e às vezes a mudança que ele propõe pode melhorar, às vezes pode piorar, e se piorar eu veto, se melhorar, fica. É assim que é o jogo. O jogo tem que ser à luz do dia e é assim que vamos fazer, é assim que vamos melhorar esse país”, concluiu.

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