Lula explica por que não aceitou sugestão de GLO: "ia virar rainha da Inglaterra"
O presidente comentou sobre a segurança pública do Distrito Federal após bolsonaristas invadirem a Praça dos Três Poderes, em Brasília
247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) explicou nesta quarta-feira (18) por que não aprovou uma operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) contra os terroristas apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) responsáveis por invasões ao Congresso, ao Planalto e ao Supremo Tribunal Federal (STF), no último dia 8, em Brasília (DF).
"Quando fizeram GLO no Rio de Janeiro, o Pezão, que era governador, virou rainha da Inglaterra. Eu tinha acabado de ser eleito presidente da República. [...] O importante é que eu fui eleito presidente da República desse país. E eu não ia abrir mão de cumprir com as minhas funções e exercer o poder na sua plenitude", disse Lula em entrevista à jornalista Natura Nery, da GloboNews.
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A sugestão de fazer uma GLO teria partido do ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, de acordo com reportagem da Folha de S.Paulo. O presidente preferiu uma intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal, nomeando o secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli.
O presidente Lula reforçou que militares responsáveis por terem participado dos atos terroristas vão ser punidos.
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Por decisão do STF, Ibaneis Rocha foi afastado do governo do Distrito Federal e o ex-ministro da Justiça Anderson Torres foi preso.
Na última quinta-feira (12), policiais federais encontraram na casa de Torres, em Brasília, um documento com estratégias para uma tentativa de golpe no País. O ex-ministro foi preso.
O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Benedito Gonçalves determinou a inclusão da minuta golpista em uma ação de investigação contra Bolsonaro e Braga Netto.
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