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    Miguel Reale Júnior: 'há crimes de homicídios comissivos em série cometidos por Jair Bolsonaro'

    "Observo no comportamento do presidente a prática de homicídios comissivos em série, por omissão", disse o jurista Miguel Reale Júnior sobre Jair Bolsonaro

    Jurista Miguel Reale Júnior (Foto: Agência Brasil)
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    247 - O jurista Miguel Reale Júnior, um dos autores da peça jurídica do golpe contra Dilma Rousseff, atribuiu a Jair Bolsonaro a prática de homicídio comissivo por omissão. "Observo no comportamento do presidente a prática de homicídios comissivos em série, por omissão, descumprindo o dever de agir quando deveria", disse ele, que participou do VI Seminário Caminhos contra a Corrupção, do Instituto Não Aceito Corrupção (Inac) e da Unesp, na última semana de julho. O relato foi publicado pela coluna de Eliane Cantanhêde

    Membros da CPI da Covid têm uma reunião marcada para esta segunda-feira (2) com um grupo de juristas coordenados por Reale Júnior, para discutir os limites jurídicos da comissão e o auxílio na elaboração do relatório final da comissão, como tipificações de potenciais crimes ocorridos. 

    A CPI está avançando nas investigações sobre corrupção envolvendo a compra de vacinas e na apuração de condutas de membros do governo contrárias às recomendações da ciência para o enfrentamento à pandemia do coronavírus. 

    A comissão também obteve um áudio apontando que o tenente-coronel da reserva do Exército Marcelo Blanco, ex-assessor do Departamento de Logística (DLOG) do Ministério da Saúde, usou o cargo para abrir caminho a um interessado em vender 400 milhões de doses inexistentes de vacina contra Covid-19. 

    Representante da Davati Medical Supply, Cristiano Alberto Hossri Carvalho foi quem entregou as gravações, mantidas sob sigilo, à CPI. A empresa propôs vender até 400 milhões de doses da AstraZeneca ao governo, mas a Davati não representava a farmacêutica e não possuía as doses.

    Agenda da CPI

    Na próxima terça-feira (3), a Comissão Parlamentar de Inquérito vai ouvir o reverendo Amilton Gomes de Paula, que teria recebido autorização do governo para negociar 400 milhões de doses da Astrazeneca com a Davati.

    Sócio da Precis Medicamentos, Francisco Maximiano prestará depoimento no dia seguinte. 

    Na quinta-feira (5) será a vez de Túlio Silveira, advogado e representante da Precisa Medicamentos. 

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