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    Militares sobem o tom e dizem a Fachin que "não se sentem prestigiados" pelo TSE nas eleições

    "A todos nós não interessa concluir o pleito eleitoral sob a sombra da desconfiança dos eleitores", disse ministro da Defesa, Paulo Sergio Nogueira. Flerte com o golpe continua

    Paulo Sergio Nogueira e o presidente do TSE Edson Fachin mais TSE e urnas eletrônicas ao fundo (Foto: ABR | Reuters)

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    247 - O ministro da Defesa, Paulo Sergio Nogueira, encaminhou nesta sexta-feira (10) um documento ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edson Fachin, no qual cobra que as propostas feitas pelas Forças Armadas para o sistema eleitoral sejam atendidas. O teor do documento foi publicado nesta sexta-feira (10) pela CNN Brasil

    "Até o momento, as Forças Armadas não se sentem devidamente prestigiadas por atenderem ao honroso convite do TSE para integrar a Comissão de Transparência", afirmou o titular da pasta. "A todos nós não interessa concluir o pleito eleitoral sob a sombra da desconfiança dos eleitores. Eleições transparentes são questões de soberania nacional e de respeito aos eleitores", continuou.

    "Destaca-se que, por se tratar de uma eleição eletrônica, os meios de fiscalização devem se atualizar continuamente, exigindo pessoal especializado em segurança cibernética e de dados. Não basta, portanto, a participação de 'observadores visuais', nacionais e estrangeiros, do processo eleitoral", acrescentou. 

    O documento do ministro ao TSE foi uma iniciativa alinhada com o discurso de Jair Bolsonaro (PL), que tem defendido a atuação das Forças Armadas na checagem do resultado das eleições, um posicionamento visto pro oposicionistas como tentativa de golpe.

    Em maio, o TSE concluiu testes em urnas eletrônicas e informou que investigadores não conseguiram alterar voto, mudar o resultado da urna ou fraudar o processo eleitoral. 

    Na terça-feira (31) da semana passada, Fachin pediu que a comunidade internacional "esteja alerta contra acusações levianas" sobre o sistema eleitoral brasileiro. 

    Também no mês de maio, o presidente do TSE afirmou que o processo eleitoral tem de ser acompanhado por "forças desarmadas".

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