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    Moraes dá 24 horas para campanha de Bolsonaro mostrar "provas ou documentos sérios” sobre inserções supostamente não veiculadas

    Presidente do TSE disse que a denúncia sem embasamento algum é "extremamente grave" e pode caracterizar crime eleitoral, "se constatada a motivação de tumultuar o pleito eleitoral"

    Alexandre de Moraes (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
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    247 - O ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) respondeu à petição da coligação de Jair Bolsonaro que questiona uma suposta não veiculação de inserções da campanha eleitoral na região Nordeste

    Em seu despacho, Moraes observou que o documento apresentado ao TSE não aponta nomes das rádios, dias ou horas em que inserções não teriam ido ao ar. O presidente do TSE determinou o prazo de 24 horas para que a campanha de Bolsonaro “junte provas ou documentos sérios” que embasem a denúncia. 

    Segundo a pesquisa Ipec divulgada nesta segunda-feira (24), Lula lidera na região Nordeste com 67% de intenções de voto, contra 26% de Bolsonaro. 

    O ministro das Comunicações, Fábio Faria (PSD) está tentando melar a eleição presidencial. Em pronunciamento no Palácio da Alvorada, nesta segunda-feira, 24, ele alegou, sem provas, que rádios veicularam milhares de inserções a menos da campanha de Bolsonaro a presidente.

    De acordo com o membro do governo federal, Bolsonaro teve 154.085 inserções a menos que o ex-presidente Lula (PT). “Só no Nordeste, na semana de 7 a 14 de outubro, foram 12 mil inserções a menos. E na semana seguinte, dos dias 14 a 21, foi para mais de 17 mil. O lugar mais forte disso é o estado da Bahia. Só na primeira semana, foram mais de 7 mil a mais para Lula”, afirmou.

    Leia a decisão de Alexandre de Moraes:

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     Leia também matéria da Rede Brasil Atual sobre o assunto:

    Lula: Roberto Jefferson é problema do Bolsonaro. ‘Plantou vento, colhe tempestade’

    O candidato da coligação Brasil da Esperança à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), disse nesta segunda-feira (24) que a prisão do ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) é “a fotografia e o resultado” do governo do presidente Jair Bolsonaro. “O caso do Roberto Jefferson é atípico, mas é um caso do Bolsonaro. Ele plantou isso e está colhendo. Plantou vento, colhe tempestade. Ele corre e se apavora, para tentar mentir, para tentar culpar. Ele faz live… Mas não adianta, o povo sabe das coisas”, afirmou o ex-presidente, em entrevista coletiva na capital paulista.

    Jefferson foi preso, pela Polícia Federal, em Comendador Levy Gasparian (RJ), por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF). Em prisão domiciliar, o ex-deputado infringiu uma série de restrições impostas pela Justiça e agrediu verbalmente a ministra Cármen Lúcia. Ele resistiu à prisão, disparando 20 tiros e duas granadas contra os policiais. Dois agentes ficaram feridos.

    Lula afirmou que Bolsonaro deve acreditar que os brasileiros são “imbecis”, ao tentar se desvincular de Roberto Jefferson, que desde sempre foi seu aliado. Após o episódio, o presidente disse que Jefferson era um “bandido”, e que não tinha uma foto sua com o parlamentar. Nas redes sociais, os internautas postaram uma série de fotografias de Bolsonaro com o Jefferson. Desde sábado (22), o nome do parlamentar permanece em primeiro nos trending topics (temas mais comentados) do Twitter, com mais de 1 milhão de menções.

    “Parece que a primeira palavra que ele aprendeu foi fake news. O cidadão não pode achar que o Brasil é composto por 215 milhões de imbecis. Ele só pode pensar isso. Porque a desfaçatez com que ele despreza um aliado de todas as horas, que esteve com ele nas eleições, que esteve com ele ofendendo a Suprema Corte e a Justiça eleitoral… E de repente ele fala que não conhece”.

    Economia

    Apesar do escândalo envolvendo a prisão de Roberto Jefferson, Lula afirmou que prefere e pretende discutir questões ligadas à economia nessa reta final da campanha. “A economia é o centro do nosso debate, porque é da economia que a sociedade brasileira sobrevive. Se economia estiver bem, o povo estará mal.”

     Além disso, Lula afirmou que, se eleito, vai fortalecer programas voltados à agricultura familiar. Disse que é preciso ampliar a produção de alimentos para reduzir os preços e, assim, combater a fome que afeta 33 milhões de brasileiros. Criticou Bolsonaro por cortar 97% das políticas relativos à produção e distribuição de alimentos, acabando também com os estoques reguladores da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

    “Não adianta agora querer jogar a culpa em cima da Ucrânia. O problema é a incapacidade do governo de utilizar os instrumentos que o governo tem para produzir mais, para baratear o preço e fazer com que as pessoas tenham acesso aos alimentos, coisa que esse governo não se preocupa”, afirmou o candidato.

    Apelo ao voto

    Além de participar de ato em defesa da democracia, nesta noite, no Teatro da Universidade Católica (Tuca), na zona oeste de São Paulo, o candidato da coligação Brasil da Esperança disse que está gravando os últimos programas eleitorais para o rádio e televisão. Por 7 a 0, os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) concederam no sábado (22) tempo de direito de resposta a Lula contra as mentiras disseminadas pela campanha de Bolsonaro. Assim, Lula terá direito a 116 inserções que seriam do adversário ao longo dessa semana. A principal mensagem, de acordo com o candidato, é estimular a população a votar no próximo domingo (30).

    “O que estamos tentando convencer o povo é que essa eleição não é entre dois partidos políticos, entre dois seres humanos. É uma eleição que vai definir se a gente quer viver num regime democrático ou se a gente quer viver numa barbárie ou num neofascismo”, disse o ex-presidente.

    Lula ainda se mostrou confiante. Ele afirmou que vai vencer as eleições, porque o seu adversário “não governa o país”. “Ele não sabe como governar, porque ele não entende de povo. Nunca se reuniu com o movimento sindical, com nenhum movimento social, dos negros, das mulheres, indígenas. Ele só se reúne com a turma de milicianos dele, sem se importar com a sociedade brasileira.”

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