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    Moraes revela que poderia ter sido preso e até enforcado pelos golpistas de 8 de janeiro

    "Não há limite. Todos aqueles que tiverem a responsabilidade comprovada, após o devido processo legal, serão responsabilizados", afirmou

    Alexandre de Moraes, invasores em Brasília em 8 de janeiro e Bolsonaro (Foto: Carlos Moura/SCO/STF | ABr | REUTERS/Marco Bello)

    247 – Em entrevista concedida ao jornal O Globo sobre os eventos do 8 de janeiro, que se aproximam do primeiro aniversário, o ministro Alexandre de Moraes, relator das investigações sobre a tentativa de golpe no Supremo Tribunal Federal (STF), expôs detalhes dos desdobramentos das apurações. Moraes, também presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), revelou que a investigação identificou três planos contra ele, incluindo a ameaça de enforcamento. As revelações foram feitas em vídeo.

    Moraes estava na Europa com a família no dia 8 de janeiro e soube do ataque através de imagens mostradas por seu filho. A investigação revelou três planos, com ameaças de prisão e até homicídio. O ministro destacou a inação da Polícia Militar no enfrentamento dos manifestantes e explicou as decisões tomadas para conter possíveis efeitos dominó em outros estados.

    A série de entrevistas abordou também a atuação das redes sociais no 8 de Janeiro, com Moraes destacando a necessidade de regulamentação. O ministro mencionou a importância de responsabilizar todos os envolvidos no ataque, incluindo políticos, e ressaltou que mais de 30 pessoas foram condenadas pelo STF em menos de um ano. "Foi um erro muito grande das autoridades deixar, durante o ano passado, aquelas pessoas permanecerem na frente dos quartéis. Isso é crime e agora não há mais dúvida disso", disse ele. "Não há limite. Todos aqueles que tiverem a responsabilidade comprovada, após o devido processo legal, serão responsabilizados", acrescentou.

    Ao ser questionado sobre os ataques e ameaças pessoais, Moraes afirmou que esperava tais reações de golpistas criminosos, mas manteve a tranquilidade. Sobre as críticas às prisões realizadas, o ministro defendeu a igualdade perante a lei e a aplicação das penas estabelecidas pelo legislador.

    A entrevista abordou ainda a lição a ser aprendida com os eventos de janeiro de 2023, destacando a necessidade de frear a disseminação de informações e discursos antidemocráticos nas redes sociais, além da responsabilização de todos os envolvidos na tentativa de golpe.

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