Nassif denuncia perseguição judicial movida pelo BTG Pactual
O jornalista Luis Nassif, vítima de censura e perseguição judicial após publicar reportagens relacionadas ao banco BTG Pactual, denunciou que há um “golpe contra o setor público através de licitação e a negociação com banco de dados” e que a justiça “tenta calar a mídia alternativa” que denuncia as transações escusas. Assista sua participação na TV 247
247 - O jornalista Luis Nassif, vítima de censura e perseguição judicial após publicar reportagens relacionadas ao banco BTG Pactual, denunciou em participação no programa Bom Dia 247 desta segunda-feira (31) que há um “golpe contra o setor público através de licitação e a negociação com banco de dados” e que a justiça “tenta calar a mídia alternativa” que denuncia as transações escusas.
O juiz Leonardo Grandmasson Ferreira Chaves, da 32ª Vara Cível da cidade do Rio de Janeiro, determinou na última sexta-feira (28) que o Jornal GGN, editado por Nassif, retire do ar todas as reportagens relacionadas ao banco BTG Pactual. O magistrado estabeleceu pena diária de R$ 10 mil em caso de descumprimento.
O GGN vinha publicando reportagens relacionadas à compra de carteiras de crédito de R$ 2,9 bilhões do Banco do Brasil. A operação chamou a atenção por se tratar da primeira cessão de carteira do Banco do Brasil a uma entidade financeira que não integra o conglomerado e pela falta de transparência sobre os possíveis lucros.
Nassif esclarece que, ao arrematar em uma licitação que foi colocada sob suspeita pelo Ministério Público Estadual, o controle dos estacionamentos da “Zona Azul” em São Paulo, o BGT Pactual terá acesso a uma clientela potencial de 3 milhões de usuários.
Ele disse que os jornais da mídia corporativa “confiam no BTG para o dinheiro da tia rica e não entraram no assunto” envolvendo as transações escusas do bando. “O BTG já entrou no capital da UOL por um certo período e praticamente comprou a editora Abril e a Veja. Resta à imprensa alternativa fornecer esse trabalho”, acrescentou.
Nassif ressaltou que a ação judicial foi motivada pela “truculência de André Esteves [banqueiro dono do BGT] e Nelson Jobim [Relações Institucionais e Políticas de Compliance do BGT], pois não aceitam confronto” e que “mostrar que negociações envolvendo banco de de dados têm um custo alto atrapalha o negócio deles”.
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