Pazuello, Wajngarten e ex-comandante do Exército visitaram Mauro Cid na prisão

247 - A CPI dos Atos Golpistas recebeu a lista de visitantes que estiveram na prisão do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, suspeito de inserir dados falsos no sistema do Ministério da Saúde para alterar cartões de vacinação. A lista, mantida em segredo pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), revela a presença de figuras influentes, incluindo membros do governo Bolsonaro e militares, destaca reportagem da GloboNews.

Entre os visitantes ilustres está Fabio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação da gestão Bolsonaro e advogado do ex-presidente. Ele visitou Mauro Cid na prisão e, ao comentar o depoimento do ex-ajudante de ordens, enfatizou que Cid era a "porta de entrada" para quem queria falar com o Bolsonaro, afirmando que o telefone do tenente-coronel sempre esteve à disposição e não há motivo para temores em relação a ele.

Além disso, o ex-comandante do Exército, Júlio César de Arruda, também consta na lista de visitantes. O general assumiu o comando da instituição em dezembro de 2022 e chefiava as forças quando ocorreram os ataques antidemocráticos em Brasília, no dia 8 de janeiro. Arruda foi demitido pelo presidente Lula em janeiro, após uma quebra de confiança devido aos ataques e também por discordar da ordem de revogar a designação de Mauro Cid para comandar um batalhão em Goiânia.

Outros visitantes mencionados na lista incluem o ex-ministro da Saúde e atual deputado federal Eduardo Pazuello (PL-RJ), assim como o ex-diretor de logística do Ministério da Saúde, general Ridalto Lúcio Fernandes.