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Políticos reagem à confissão de Temer de que impeachment foi golpe

Políticos começaram esta terça-feira (17) repercutindo a confissão do ex-presidente Michel Temer de que um golpe parlamentar destituiu Dilma Rousseff, em agosto de 2016. No programa Roda Viva, transmitido pela TV Cultura, na última segunda, Temer afirmou que 'jamais apoiou ou fez empenho pelo golpe', o que despertou os ânimos de partidários e nomes da oposição.

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247 - Políticos começaram esta terça-feira (17) repercutindo a confissão do ex-presidente Michel Temer de que um golpe parlamentar destituiu Dilma Rousseff, em agosto de 2016. No programa Roda Viva, transmitido pela TV Cultura, na última segunda, Temer  afirmou que 'jamais apoiou ou fez empenho pelo golpe', o que despertou os ânimos de partidários e nomes da oposição.“E até o Temer candidamente admitiu que foi ‘golpe’ o processo para derrubar Dilma. 

 Ele confirma, ao negar cinicamente, que tenha participado da tramoia política”, disse o vice-líder do PCdoB, deputado federal Márcio Jerry (MA).

Líder do PT na Câmara dos Deputados, deputado federal Paulo Pimenta (RS) listou as consequências diretas do quadro político que se configurou no país após o impeachment da presidente. “Sem o golpe agora admitido por Temer e Janaína Paschoal, não haveria: fim da CLT, prisão de Lula, entrega do pré-sal, eleição de Bolsonaro, privatização da BR Distribuidora, destruição da previdência, gasolina a R$ 5, fim do PAC e do Minha Casa Minha Vida”, comentou.

Ministra durante o segundo governo de Dilma Rousseff, a senadora pelo PDT-TO, Kátia Abreu também não deixou passar. “Não fica nem vermelho!”, alfinetou.

Candidato à Presidência nas eleições de 2018, Guilherme Boulos (PSOL) aproveitou para retomar a crise da Vaza Jato e o envolvimento do atual ministro da Justiça, Sérgio Moro. “O Roda Viva parece estar provocando lampejos de sinceridade nos entrevistados. Hoje, Temer, o golpista, admitiu o golpe. A Daniela Lima poderia convidar o Moro e perguntar pra ele se o Lula é preso político”, ironizou.

A menção aos membros da força-tarefa da Lava Jato também foram citados pela deputada federal Maria do Rosário (PT-RS). “Temer admite o Golpe no Roda Viva. E os golpistas tinham um QG em Curitiba, buscando desestabilizar o Brasil. Quem calou, consentiu. Deltan Dallagnol tentou golpear o STF também”, afirmou.

Presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias na Câmara dos Deputados, deputado Helder Salomão (PT-ES), também recordou a afirmação feita pela deputada do PSL-SP, Janaína Paschoal, no último sábado (12). “Depois da Janaína Pascoal, foi a vez de Michel Temer admitir o GOLPE contra a presidenta Dilma Rousseff. O golpe que gerou o governo Bolsonaro, gerou crise, desemprego, o fim da CLT, o fim do Mais Médicos, o fim do MCMV, o fim da sua aposentadoria. Golpistas destruíram o Brasil”, disse.

Diante da repercussão, a também pesselista, Carla Zambelli (SP) preferiu escapar pela tangente. “Temer no Roda Viva: Jornalista 1: ‘Mas e o Bolsonaro?’, Jornalista 2: ‘Ah, e o Bolsonaro?’, Jornalista 3: ‘E quanto ao Bolsonaro?’ Eita...”, escreveu.

Antes do Roda Viva de ontem, no último sábado (12), Janaína Paschoal já havia admitido que as “pedaladas fiscais” usadas como base para justificar o afastamento da presidenta, foram uma farsa. “Alguém acha que Dilma caiu por um problema contábil?”, escreveu a advogada em sua conta no Twitter na manhã deste sábado (12).

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