Pressionado pelo Centrão, Temer pode desistir de Imbassahy para ministério
O presidente Michel Temer pode desistir do líder do PSDB na Câmara, deputado Antonio Imbassahy (BA), para o comando da Secretaria de Governo depois da repercussão negativa da notícia entre parte dos aliados do governo; pesam contra o tucano as disputas eleitorais de 2018 na Bahia, reduto de Geddel Vieira Lima; entre os deputados, o motivo do mal-estar é que a indicação de Imbassahy é vista como uma tentativa do Planalto de fortalecer o nome de Rodrigo Maia (DEM-RJ) para a disputa ao comando da Casa em fevereiro
247 - O presidente Michel Temer pode desistir de convidar o líder do PSDB na Câmara, deputado Antonio Imbassahy (BA), para o comando da Secretaria de Governo depois da repercussão negativa da notícia entre parte dos aliados do governo.
Temer teria ficado irritado com o vazamento de uma proposta do PSDB de ampliar as atribuições da Secretaria de Governo, incluindo o relacionamento com governadores e a negociação de dívidas estaduais. Essas atribuições são atualmente do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.
Além disso, outro problema seria a eleição de 2018 na Bahia. Segundo interlocutores de Temer, o irmão de Geddel Vieira Lima, deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), teria ficado contrariado com a possível nomeação de Imbassahy porque isso credenciaria o tucano a disputar o Senado pela Bahia, o que faria parte das pretensões de Geddel, embora ele negue oficialmente.
Por isso, Temer também passou a cogitar a indicação para a Secretaria de Governo de dois senadores tucanos – José Anibal (SP) e Antonio Anastasia (MG).
Entre os deputados, o motivo do mal-estar é que, nos bastidores, a indicação de Imbassahy é vista como uma tentativa do Planalto de fortalecer o nome de Rodrigo Maia (DEM-RJ) – atual presidente da Câmara – para a disputa ao comando da Casa em fevereiro.
Líderes governistas avaliam que o objetivo de Temer ao convidar o líder do PSDB para o comando da Secretaria de Governo é ampliar o espaço dos tucanos na Esplanada para enfraquecer a intenção do partido aliado de lançar candidato à presidência da Câmara. O próprio Imbassahy estava entre os nomes cotados da legenda para entrar na corrida eleitoral.
O líder do PSD, Rogério Rosso (PSD-DF), que quer tentar novamente disputar o comando da Casa, chiou.
Apesar de ser aliado de primeira hora de Temer, Rosso adverte que, se a indicação de Imbassahy para o governo for vinculada a um eventual apoio do Planalto e do PSDB à candidatura de Rodrigo Maia, pode haver uma ruptura na base governista. Ele chega a dizer que a manobra poderia prejudicar a aprovação das medidas de ajuste fiscal propostas pelo Executivo federal, como a reforma da Previdência Social.
Outro pré-candidato à presidência da Câmara, o líder do PTB, Jovair Arantes (GO), destacou que Temer “não precisa conversar com ninguém” para tomar a decisão, mas ressalvou que a indicação de Imbassahy pode soar como interferência do Palácio do Planalto na eleição interna da Câmara.
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