Quaquá diz não estar convencido sobre o envolvimento de Brazão no caso Marielle: ‘não digo que é inocente nem culpado’

247 - O vice-presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) e deputado federal pelo Rio de Janeiro, Washington Quaquá, adotou uma postura cautelosa em relação ao possível envolvimento de Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), no assassinato da vereadora Marielle Franco. Brazão foi preso neste domingo (24) pela Polícia Federal sob suspeita de participação no crime.

Quaquá destacou, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, que não deseja presumir a inocência ou culpa de Brazão antes de ver "provas cabais". Ele ressaltou que conhece o conselheiro há duas décadas e que seria uma surpresa negativa se ele estivesse realmente envolvido no caso. O parlamentar salientou a importância de entender todas as circunstâncias antes de apontar qualquer responsável. “Eu acho que não é hora de apontar nenhum inocente, sem que a gente tenha clareza de todas as circunstâncias”, pontuou.

Embora mantenha uma posição cautelosa em relação a Brazão, Quaquá foi incisivo ao comentar o suposto envolvimento do ex-chefe da Polícia Civil fluminense, Rivaldo Barbosa, também preso neste domingo por seu suposto envolvimento com a morte de Marielle. Ele sugeriu que a conexão do delegado com o crime organizado evidencia uma ligação preocupante entre as instituições do Rio de Janeiro e a criminalidade, abrindo espaço para a atuação da Polícia Federal no combate a esse conluio.

“Se apertar esse delegado, que foi nomeado pelo Braga Netto, depois ministro de Bolsonaro... Eu ainda acho que tem tubarão maior envolvido na morte de Marielle. Vamos esperar o desdobramento disso tudo”, declarou o parlamentar.