"Quem está próximo ao Pimentel vai ser varrido"
A frase teria sido dita pelo presidente do PT, Rui Falco, na campanha de Dilma,em ataque coordenado por Antonio Palocci para ganhar espao no governo; hoje, Fernando Pimentel sofre acusaes parecidas com as que derrubaram o antigo rival
247 – Além de dissecar as privatizações, a partir de uma missão traçada por seus patrões na guerra entre Aécio Neves e José Serra (leia mais aqui), o jornalista Amaury Ribeiro Júnior, autor do livro “A privataria tucana” também se debruçou sobre um combate interno do PT, que repercute ainda hoje em Brasília. Durante a campanha presidencial de 2010, Amaury trabalhou num grupo de comunicação da campanha de Dilma Rousseff, contratado pelo jornalista Luiz Lanzetta. Caiu acusado de tentar obter dados da família de José Serra protegidos por sigilo fiscal e foi rotulado como um dos “aloprados” da campanha que levou a primeira mulher à presidência da República. Esse episódio também serviu para afastar Pimentel do centro das decisões de campanha.
No livro, Amaury revela que esse carimbo foi obra de uma turma que pretendia tomar espaço na campanha e também no governo Dilma. Seus líderes seriam Rui Falcão, atual presidente do PT, e Antonio Palocci, ex-ministro da Casa Civil. O jogo para enfraquecer Pimentel teria começado com denúncias que o ligariam ao Mensalão, publicadas na revista Istoé. Depois disso, em Veja, o colunista Diogo Mainardi publicou a coluna “O Lanzetta da Laranza”, sobre a tropa de comunicação da campanha de Dilma. E, por último, vieram as acusações de quebra de sigilo fiscal.
De acordo com Amaury, Rui Falcão vinha preparando uma equipe de comunicação paralela, comandada por Marcelo Parada, ex-Bandeirantes, e Nirlando Beirão, outro nome de grande prestígio na imprensa brasileira. Teria dito até a seguinte frase: “Quem está próximo ao Pimentel vai ser varrido”.
Palocci, por sua vez, pretendia minar Pimentel, tido como o melhor amigo de Dilma no governo, para se tornar chefe da Casa Civil – o que de fato aconteceu.
Projeto e P-21
Cinco meses atrás, Palocci foi o primeiro ministro a ser demitido do governo Dilma, acusado de faturar alto com suas consultorias feitas por meio da empresa Projeto. Hoje, Pimentel sofre acusações semelhantes com a sua P-21.
Ao 247, Pimentel disse ser impossível saber de ontem partem os ataques (leia mais aqui). Há quem fale no PT mineiro, no PSDB ou até mesmo na mesma ala petista que, na campanha de Dilma, conseguiu atacá-lo e enfraquecê-lo. Leia-se Antonio Palocci e Rui Falcão.
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