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    "Queremos unidade das esquerdas, mas não com Alckmin", diz Juliano Medeiros

    Presidente do PSOL criticou a possibilidade de Alckmin na chapa de Lula, pois pode prejudicar o projeto de reconstrução nacional. Assista

    Medeiros, Lula, Alckmin (Foto: Reprodução/Facebook | Ricardo Stuckert | Reuters)

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    247 - O presidente do PSOL, Juliano Medeiros, criticou, em entrevista à TV 247, a possibilidade de formação da chapa Lulalckmin, que, segundo ele, não compartilha dos ideais da esquerda. A posição da sigla é de que a chapa deve representar a “unidade das esquerdas”, afirmou.

    “Poderia dar muitas razões porquê achamos que o Geraldo Alckmin não deveria estar na chapa que vai representar a unidade das esquerdas. Queremos lutar para que tenha a unidade das esquerdas, para que PT, PCdoB, PSB, PSol, Rede e eventualmente até outros partidos socialistas ou de centro-esquerda”, disse.

    “Obviamente, Geraldo Alckmin, até onde eu sei, ao menos que tenha mudado muito de opinião sobre a política, a gestão do Estado, da Política Econômica, ele não compartilha das nossas ideias que são majoritariamente defendidas no PSol, no PT ou no PCdoB. Em primeiro lugar, tem um problema de representatividade. Poderia mencionar vários exemplos, como o massacre do Pinheirinho, as privatizações, os ataques aos movimentos sociais, a repressão aos movimentos dos jovens nas escolas”, prosseguiu. 

    O papel de um vice

    Medeiros apontou que, mesmo com Lula sendo uma pessoa com muita saúde e disposição, nunca se sabe o que pode acontecer com o ex-presidente. “O Lula é um cara muito saudável, que tem cuidado de si e da saúde. Mas nunca se sabe. Imagina se o Lula tem algum problema e precisa ser afastado. O clima de violência política no Brasil é inédito nos últimos 60 anos. Imagina se há alguma tipo de problema. Tomara que não aconteça. Obviamente torcemos para que Lula chegue bem e com saúde na eleição”, disse.

    Caso alguma coisa ocorra que acometa ou atente contra Lula, o país passará a ser governado por um “neoliberal”: “E o Brasil passa a ser governado por um neoliberal, pelo Geraldo Alckmin? É algo que passa um pouco ao largo dos debates”.

    “O eventual governo Lula vai ser um governo que vai ter que comprar algumas brigas. Vai ter que fazer alguns enfrentamentos. E se as elites no Brasil resolverem radicalizar, como radicalizaram em 2016 com a Dilma e em 2018 viabilizando a eleição de um fascista? Quem garante que as elites do Brasil não vão radicalizar contra esse governo, caso ele compre as brigas que nós achamos que tem que comprar”. 

    Segundo Medeiros, a posição do PSol vai além de “purismo”, e demonstra preocupação com os rumos do projeto de reconstrução nacional.

    “Não é só o purismo do PSol. Pelo contrário, podia ter junto com o Lula nessa chapa, uma pessoa da sociedade civil, uma pessoa de um movimento social, um democrata, um senador, um deputado, alguém que representasse o mundo da política, mas que tivesse valores democráticos. E que no caso de uma ausência do presidente Lula na Presidência da República pudesse manter o projeto de reconstrução nacional”, completou. 

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