Secretário do Ministério da Justiça assume erro ao receber esposa de líder do Comando Vermelho
Elias Vaz se desculpa publicamente e promete revisão de procedimentos após encontro com Luciane Barbosa, esposa de membro da facção criminosa
247 - O secretário de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça, Elias Vaz, assumiu a responsabilidade por ter recebido em uma reunião Luciane Barbosa, esposa de um dos líderes do Comando Vermelho (CV) no Amazonas, Clemilson dos Santos Farias, conhecido como Tio Patinhas, atualmente preso por tráfico de drogas, destaca o site Agenda do Poder. Luciane foi investigada por envolvimento com uma facção e condenada por lavagem de dinheiro para o grupo criminoso.
Em uma coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira (13), Elias Vaz expressou seu lamento pelo ocorrido, confirmando que, caso tenha ocorrido erro, este foi seu por não ter feito uma verificação mais detalhada das pessoas que receberia. Ele afirmou que essa prática será aplicada daqui para frente.
Luciane participou de reuniões no Palácio da Justiça em Brasília onde se encontrou não apenas com Elias Vaz, mas também com o secretário Nacional de Políticas Penais, Rafael Velasco.
Após a divulgação do caso na imprensa, o ministro da Justiça, Flávio Dino, entrou em contato com Vaz, manifestando seu descontentamento. Elias Vaz afirmou publicamente que o ministro o alertou sobre a necessidade de maior cuidado na recepção de pessoas.
Enquanto Dino e Rafael Velasco se pronunciavam por notas e redes sociais, Elias Vaz foi o único demandado para esclarecimentos públicos e um pedido de desculpas. O Ministério da Justiça pretende emitir uma portaria com novas diretrizes para o acesso ao Palácio da Justiça, uma vez que os secretários têm autonomia para receber convidados sem verificação de segurança.
Elias Vaz explicou que a reunião original, marcada pela ex-deputada estadual Janira Rocha para mães de vítimas de assassinato em busca de justiça, teve a participação de Luciene Barbosa, apresentando-se como representante de uma organização que luta por melhorias no sistema prisional do Amazonas. Vaz, então, teria contatado Rafael Velasco para uma nova reunião com a área de Políticas Penais, alegando desconhecer as conexões de Luciene e ressaltando que o tema da reunião não estava relacionado ao crime do grupo.
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