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Singer avalia que a meta fiscal traz risco eleitoral para o governo Lula

Cientista político apontou o risco político da austeridade fiscal e falou sobre o impacto da inelegibilidade de Bolsonaro nas eleições

André Singer: Lula é maior que Bolsonaro (Foto: Divulgação)

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247 – O cientista político André Singer concedeu uma entrevista à Folha de São Paulo, na qual discutiu o cenário político-econômico do governo Lula. Singer, conhecido por suas análises sobre o "lulismo", destacou que o primeiro ano do terceiro mandato de Lula foi marcado por um "reformismo fraco em câmera lenta". Ele ressaltou que as mudanças graduais enfrentam agora um desafio significativo devido ao arcabouço fiscal, que impõe uma restrição considerável aos gastos do governo.

Segundo Singer, o arcabouço fiscal pode ter consequências eleitorais negativas para o governo Lula e a esquerda, especialmente nas eleições municipais de outubro e em 2026. Ele enfatizou que a redução no crescimento econômico pode gerar uma sensação de descontentamento entre a população, afetando a perspectiva de bem-estar e prejudicando o governo nas urnas.

O cientista político também abordou a dinâmica entre o Executivo e o Congresso, apontando para uma transformação significativa na Câmara dos Deputados, que ganhou autonomia e força. Ele observou a ascensão de uma bancada de extrema direita, embora isolada, e discutiu a divisão de trabalho entre Lula e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no contexto das pressões por austeridade fiscal.

Singer também projetou o cenário eleitoral para 2026, destacando a inelegibilidade de Bolsonaro como fator relevante e a necessidade de compreender a dinâmica entre a economia e os valores na política brasileira. Apesar das incertezas, o cientista político expressou preocupação com os riscos decorrentes do arcabouço fiscal e a possibilidade de impactos eleitorais para o governo e a esquerda.

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