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    Toffoli alivia para Bolsonaro e diz que não é seu papel comentar convocatória de atos

    “Não é papel do presidente do Supremo ser comentarista de falas dos presidentes dos outros poderes”, afirmou o presidente do Supremo, sobre o chamado oficial de Bolsonaro aos atos que pregam o fechamento do Congresso e do STF

    Dias Toffoli com Jair Bolsonaro (Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF)

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    247 - Presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Antonio Dias Toffoli aliviou para Jair Bolsonaro em um momento de acirramento das tensões entre o Executivo e os demais poderes. Neste sábado, 7, Bolsonaro voltou a convocar manifestações do dia 15 de março para atacar o Congresso Nacional. Toffoli declarou que “as disputas políticas que se aproximam não podem estar acima dos interesses nacionais”. 

    Para ele, é preciso acabar com a polarização política e “pacificar o país” para que o Brasil “voltar a crescer”. “Não adianta ficar pensando em disputas regionais” em um momento em que “o importante é o Brasil estar pacificado e voltar a crescer”, afirmou. Ou seja, no momento em que Bolsonaro está ameaçando as instituições brasileiras, seria necessário acabar com a luta política e permitir as ações anti-democráticas do Executivo.

    Ainda declarou que “não é papel do presidente do Supremo ser comentarista de falas dos presidentes dos outros poderes”. “O papel do STF nunca é de tomar atitude ativa. É de ser árbitro e mediar e pacificar, quando chamado. “O papel da Corte é de promover a harmonia entre os poderes”, reforçou, esquecendo que é o próprio Bolsonaro que está acabando com a “harmonia entre os poderes” quando ataca o legislativo.

    No início da semana com a conversa entre Bolsonaro e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM), houve um pequeno alívio na crise política, mas que foi totalmente arruinado pela nova convocação do presidente.

    Matéria do Estado de S. Paulo informa também que “outro ponto por trás dessa polêmica, de acordo com a avaliação de lideranças políticas, é o embate entre o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e Bolsonaro. A declaração do presidente da República vem um dia após Maia subir tom nas críticas ao governo e dizer que o entorno do Planalto tem uma estrutura para ‘viralizar o ódio’ por meio de fake news”. 

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