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    Vice-líder do PT nega acordo para colocar Nikolas Ferreira à frente da Comissão de Educação: 'a responsabilidade é do PL'

    "Não houve qualquer acordo quanto a nomes. A responsabilidade pela escolha de Nikolas Ferreira é exclusiva do PL, é intransferível", disse o deputado federal Reimont

    Nikolas Ferreira (Foto: Zeca Ribeiro - Câmara dos Deputados)

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    247 - O deputado federal Reimont, vice-líder do PT na Câmara, negou que tenha havido um acordo entre o PT e o PL para emplacar o bolsonarista Nikolas Ferreira na presidência da Comissão de Educação. “Não houve qualquer acordo quanto a nomes. A responsabilidade pela escolha de Nikolas Ferreira é exclusiva do PL, é intransferível”, disse.

    “A indicação é um escárnio com a Educação. Tanto que ele já anunciou que terá como prioridade o ensino em casa, pelos pais, o tal do homeschooling, que esvazia o papel das escolas e dos educadores”, completou o parlamentar que também é membro titular do colegiado.

    De acordo com o parlamentar, os acordos ficaram restritos a garantir a proporcionalidade das bancadas tanto nas comissões como na mesa diretora. O PL e a Federação PT/PCdoB/PV têm as duas maiores bancadas da Casa.

    Reimont, que também é professor, criticou a intenção de Nikolas Ferreira de colocar como uma de suas prioridades à frente do colegiado o chamado homeschooling, que retira as crianças das escolas e confia o processo pedagógico aos pais. Segundo o parlamentar, ao transferir a responsabilidade da educação para os pais e eliminar a responsabilidade de manter os filhos nas escolas, a iniciativa fere a Constituição, desobrigando o estado a garantir o acesso universal à educação de qualidade e gratuita.

    “Além dos problemas de deficiência no aprendizado, falta de supervisão adequada, dificuldade de acompanhamento e fiscalização, esse projeto, que é a base do bolsonarismo, carreia diversos outros riscos importantes: aumento das desigualdades sociais e educacionais; invisibilidade perante o Censo Escolar; desproteção das crianças e adolescentes em relação a abusos, negligências e trabalho infantil; discriminação de gênero e de estudantes com deficiência no acesso à educação, entre outros”, afirmou.

    “O potencial de danos é enorme. Como professor, estarei firme na luta contra qualquer dessas tentativas de ataques ou desmonte na educação”, completou.

    A presidente do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PR) criticou duramente pelo X, antigo Twitter, nesta quinta-feira (7) a indicação e posterior eleição do deputado federal bolsonarista Nikolas Ferreira (PL-MG) para a presidência da Comissão de Educação e a indicação da bolsonarista Caroline De Toni para a presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

    A presidente do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, também negou a existência de um acordo com o PL e destacou que “a legenda indicou gente radical demais, desrespeitosa para a CCJ e mal-educada, como o deputado para presidir a comissão da Educação. Isso depõe contra a própria Câmara, infelizmente. É lamentável".

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