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    Alckmin: governo Lula terá superávit e reduzirá dívida

    Coordenador do gabinete de transição, o vice-presidente eleito mencionou a reforma tributária e o Bolsa Família como algumas das prioridades do futuro governo

    O vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, durante reunião com parlamentares das bancadas aliadas na sede do governo de transição no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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    247 - O vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) afirmou nesta quinta-feira (17) que o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai trabalhar em um plano para cortar despesas e fará superávit primário para a redução do endividamento público.

    "Haverá superávit primário, haverá redução da dívida, mas isso não se faz em 24 horas", disse Alckmin a jornalistas no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). "Quando o presidente Lula assumiu, em 2003, vinha de um governo com superávit todo ano. Agora, vem de déficit. Você não faz mágica".

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    De acordo com o vice-presidente eleito, a "prioridade absoluta" do novo governo é garantir a continuidade dos pagamentos do Bolsa Família. "Primeiro ponto, o governo vai atuar do lado da despesa, cortando gastos que possam ser cortados", disse. 

    O vice eleito também colocou a reforma tributária como uma prioridade do novo governo. "A reforma tributária é essencial", disse Alckmin. 

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    As declarações foram uma tentativa de diminuir o nervosismo de representantes do mercado financeiro após o governo eleito entregar nessa quarta-feira (16) ao Congresso Nacional uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que retira quase R$ 200 bilhões do teto de gastos para que membros da futura gestão deixem o Bolsa Família no valor de R$ 600 e façam investimentos públicos.

    Grandes empresários temem descontrole com as contas públicas, uma reação criticada pela presidente nacional do PT, deputada federal reeleita Gleisi Hoffmann (PR). Integrante da equipe de transição, a parlamentar afirmou que "ninguém está passando fome no mercado".

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    Em discurso no Egito, Lula afirmou que "não adianta ficar pensando só em dado fiscal, mas em responsabilidade social".

    O deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) disse nesta quinta que a PEC "não é um cheque em branco".

    O senador eleito Wellington Dias (PT-PI) disse nessa quarta-feira (16) que o novo governo terá um plano de corte de despesas e controle de gastos com pessoal e custeio. O parlamentar representa a equipe de transição e está trabalhando nas negociações do Orçamento de 2023.

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