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    Além da compra de 16 imóveis, Flávio Bolsonaro já movimentou mais de R$ 3 milhões em dinheiro vivo

    Flávio Bolsonaro utilizou dinheiro em espécie para quitar despesas pessoais, funcionários e impostos

    Senador Flávio Bolsonaro chega para cerimônia no Palácio do Planalto (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

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    247 - Além de ter comprado parcialmente 16 imóveis com dinheiro vivo, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) já movimentou mais de R$ 3 milhões em dinheiro em espécie, informa reportagem de Juliana Dal Piva e Saulo Pereira Guimarães, do UOL, nesta segunda-feira (19).

    A verba foi usada para o pagamento de despesas pessoais, funcionários e impostos. "Além disso, a conta bancária de sua antiga loja de chocolates registrou alto volume de depósitos de dinheiro vivo sem identificação", diz a reportagem. Foi depositado na conta do estabelecimento R$ 1,7 milhão em espécie.

    Na declaração de Imposto de Renda em 2010, o parlamentar informou ter doado à mãe, Rogéria Nantes Bolsonaro, R$ 733 mil em dinheiro vivo. Com o pagamento de despesas pessoais, Flávio Bolsonaro gastou R$ 261,6 mil em espécie. Com impostos ligados a imóveis, R$ 91,8 mil.

    O senador também declarou à Receita Federal ter recebido de assessores de Jair Bolsonaro (PL) na Câmara dos Deputados - quando este ainda era deputado federal - um empréstimo de R$ 250 mil em dinheiro vivo entre 2008 e 2010.

    Com salário de empregadas, Flávio Bolsonaro desembolsou R$ 40 mil em dinheiro vivo.

    Os dados foram extraídos da quebra de sigilo realizada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ). Flávio Bolsonaro foi apontado como chefe de uma organização criminosa que funcionava em seu gabinete na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). Segundo a promotoria, o político teria desviado, no mínimo, R$ 6,1 milhões por meio de "rachadinha".

    Procurada, a assessoria de Flávio Bolsonaro enviou resposta do senador na qual ele diz não saber "com qual interesse a reportagem requenta, em véspera de eleição, uma história superada e arquivada". "Não existe denúncia. A investigação foi arquivada pela Justiça porque era infundada e motivada por interesses políticos do grupo que nos enfrenta nessa eleição. A reportagem anterior, que falava em compra de imóveis em dinheiro vivo, confunde moeda corrente nacional, que é o real, com dinheiro em espécie. Por isso, é importante frisar: moeda corrente não é dinheiro em espécie".

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