André Mendonça envia e-mail a deputados com repúdio a projeto sobre Cannabis medicinal
O Ministério da Justiça, comandado por André Mendonça, enviou aos e-mails de deputados federais uma moção de repúdio ao projeto que legaliza o cultivo da Cannabis no Brasil para uso medicinal e industrial. O governo apontou resultados "pífios" do uso terapêutico da Cannabis, riscos e prejuízos à saúde decorrentes do uso
247 - O Ministério da Justiça, comandado por André Mendonça, enviou nas últimas semanas aos e-mails de deputados federais uma moção de repúdio ao projeto de lei 399/2015, que legaliza o cultivo da Cannabis no Brasil para uso medicinal e industrial. O projeto original é de autoria do deputado Fábio Mitidieri (PSD-SE), e o seu substitutivo é do deputado Luciano Ducci (PSB-PR).
De acordo com a moção, assinada pelo ministro André Mendonça e aprovada pelo Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas do Ministério da Justiça, alguns motivos para a posição contrária à proposta são o aumento de uso medicinal de Cannabis após a flexibilização de controle do uso recreativo em outros países. As informações foram publicadas pela coluna Painel.
O governo também cita os resultados "pífios" do uso terapêutico da Cannabis, riscos e prejuízos à saúde decorrentes do uso, além da possibilidade de aumento do tráfico de drogas.
O deputado Luciano Ducci (PSB-PR) classificou os argumentos da moção como "ideológicos" e apontou interferência indevida em debate do Legislativo.
"O plantio ilegal já acontece no Brasil e é atrás disso que o Ministério da Justiça devia ir, e não contra o plantio legal e para fins medicinais. O plantio que está sendo proposto é com a autorização do poder público, regulamentado pela Anvisa. O desconhecimento e a má vontade e as fake news que levantam essa questão: ministros se posicionando de maneira não adequada. O projeto é muito seguro, faltou leitura", diz.
"Questão ideológica de um grupo de parlamentares que jogam para um determinado tipo de plateia, sem se preocupar com os reflexos em milhares de pessoas que não têm acesso aos medicamentos, especialmente os mais pobres. Quem tem dinheiro vai lá para a Anvisa, protocola pedido de importação, traz o remédio caro", acrescentou.
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