TV 247 logo
    HOME > Brasília

    Base de Bolsonaro vota contra projeto de lei que transforma pedofilia em crime hediondo

    De acordo com a deputada federal Luizianne Lins (PT-CE), Jair Bolsonaro "está com indícios, sim, de pedofilia na sua prática"

    Parte interna da Câmara dos Deputados, protesto contra a pedofilia e a deputada federal Luizianne Lins (PT-CE) (Foto: Elaine Menke/Câmara dos Deputados)

    ✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no Telegram do 247 e no canal do 247 no WhatsApp.

    247 - Aliados do governo de Jair Bolsonaro (PL) impediram nesta quarta-feira (19), por 224 a 135 votos, a análise do projeto de lei (PL 1771/2015), que inclui a pedofilia entre os crimes hediondos. No projeto, que tem como relator o deputado Charlles Evangelista (PP-MG), a pena deverá ser cumprida inicialmente em regime fechado, e o crime será insuscetível de anistia, graça, indulto e fiança. De acordo com a deputada federal Luizianne Lins (PT-CE), "Bolsonaro está com indícios, sim, de pedofilia na sua prática". "Nós precisamos dizer isso em alto e bom tom!", disse. "Uma situação que barbarizou, que chocou o Brasil".

    A tentativa de votar a proposta aconteceu após Bolsonaro afirmar na última sexta-feira (14) que "pintou um clima" com adolescentes quando ele fez um passeio de moto na comunidade de São Sebastião, nos arredores de Brasília, e conheceu alguns jovens.

    >>> PT recorre ao TSE para poder usar vídeo em que Bolsonaro diz que "pintou um clima" com meninas de 14 anos

    A parlamentar do PT-CE afirmou ser um absurdo que nós fechemos os ouvidos e os olhos para aquele tipo de comportamento do Presidente da República". "Situação triste, chocante, de um presidente da República se dirigir a meninas que estão aqui inclusive refugiadas e tratá-las como se elas estivessem diante da exploração sexual de crianças e adolescentes".

    Parlamentares bolsonaristas do PL, PP, União Brasil, PSD, Republicanos, Podemos, PSC, Novo, Solidariedade, Avante, Patriota, Pros e PTB votaram contra a pauta, e a sessão terminou sem a apreciação do mérito do projeto que trata a pedofilia como crime hediondo.

    >>> Em conversa com Marcola, do PCC, em 2001, Bolsonaro disse que queria ser "ditador" do Brasil

    A deputada federal Erika Kokay (PT-DF) também defendeu a votação imediata do PL 1771/2015. "Vamos deixar de proteger os pedófilos! Estamos aqui para defender os direitos de crianças e adolescentes, que estão sendo desrespeitados", afirmou.

    "Não se pode simplesmente tentar desqualificar uma fala. Cabe à base do governo mostrar que Bolsonaro não é pedófilo. Se o presidente entrou em uma casa e achou que havia uma situação de exploração sexual, porque tudo indica que não havia situação de exploração sexual, que é mais um preconceito xenófobo do presidente, ele deveria ter tomado alguma atitude, mas não tomou nenhuma providência", acrescentou.

    Eleições

    A pesquisa Quaest, divulgada nesta quarta-feira (19), mostrou o candidato a presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seis pontos percentuais à frente de Bolsonaro na disputa pelo segundo turno marcado para o dia 30 de outubro. 

    Os números do Ipespe, divulgados nessa terça (18), e do Ipec, publicados na última segunda-feira (17), também apontaram o ex-presidente em primeiro lugar.

    O petista conseguiu 48% dos votos válidos e Bolsonaro 43% no primeiro turno. Em terceiro lugar ficou Simone, com 4,2%, e Ciro Gomes (PDT) em quarto, com 3%.

    Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

    iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

    Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista: