Bolsonaristas começam a deixar acampamento em QG do Exército em Brasília
Os apoiadores de Jair Bolsonaro estão acampados há quase dois meses perto de um quartel no Distrito Federal. A equipe do próximo governo não descarta a desocupação compulsória
247 - As mobilizações feitas por apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) em frente ao Quartel-General do Exército em Brasília (DF) estão com menos participantes em comparação com semanas atrás. A informação foi publicada nesta terça-feira (27) pelo site Metrópoles. Eles estão acampados há quase dois meses.
Em coletiva de imprensa nesta terça, o senador eleito Flávio Dino (PSB-MA), futuro ministro da Justiça e Segurança Pública, disse que a equipe de Lula está tentando desocupar o local por meio de conversas com as pessoas que estão acampadas.
"Nós temos uma segunda possibilidade que é uma desocupação compulsória. As indicações vão no sentido de que haverá a desocupação voluntária nos próximos dias. Vamos esperar esse cenário se concretizar para decidir na quinta-feira o que faremos", disse.
Bolsonarismo e as eleições
Eleitores do atual chefe do Executivo federal fizeram bloqueios em ruas após o término do segundo turno da eleição presidencial em 30 de outubro, quando Bolsonaro teve 49,1% dos votos e o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ganhou, com 50,9%.
Nos últimos anos, o atual ocupante do Planalto tentou passar para a população a mensagem de que o Poder Judiciário atrapalha o governo. Também defendeu a participação das Forças Armadas na apuração do resultado das eleições.
Partidos de oposição denunciaram publicamente a hipótese de o bolsonarismo tentar um golpe. No mês passado, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) multou o PL em R$ 22,9 milhões após o partido questionar a confiança das urnas eletrônicas.
Preocupação com violência
O acampamento próximo ao QG do Exército aconteceu em um contexto de investigações sobre suspeitas de terrorismo em Brasília (DF). Forças de segurança do Distrito Federal encontraram nesta terça uma mochila abandonada no Setor Hoteleiro Norte (SNH), em Brasília (DF). O Allia Gran Hotel chegou a ser evacuado.
De acordo com a PF, o mesmo grupo de apoiadores de Bolsonaro foi responsável pelo vandalismo na capital no dia 12 de dezembro, quando carros e ônibus foram queimados, e pela tentativa de atentado com bomba no último sábado (24), próximo ao aeroporto da capital federal.
O empresário bolsonarista George Washington de Oliveira Sousa foi preso no último final de semana depois de planejar explodir um caminhão-tanque carregado com querosene próximo ao Aeroporto Internacional de Brasília (DF). Outro suspeito, Alan Diego Rodrigues, foi identificado por policiais.
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