Bolsonaristas tentam melar eleição após demissão de servidor do TSE
Proposta foi defendida pelo senador bolsonarista Lasier Martins e pelo Instituto Nacional de Advocacia. TSE viu atuação política e falta de isenção em assessor exonerado
247 - O Instituto Nacional de Advocacia (INAD) pediu o adiamento das eleições 2022 após a demissão de um servidor do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O INAD afirmou que a "diferença de tempo disponibilizado para o candidato Lula foi muito superior que o disponibilizado ao presidente Bolsonaro", de acordo com reportagem publicada pela Jovem Pan nesta quarta-feira (26).
"Considerando que restam apenas três dias para o 2º turno das eleições, inexistindo tempo hábil para diminuir os prejuízos para a chapa, acreditamos que não há outra solução a ser tomada que não seja a do adiamento das eleições presidenciais para a investigação do fato e verificação da possível participação da chapa beneficiada com as inserções de propaganda eleitoral na prática de crime de abuso de poder midiático e econômico (LC 64/90)", disse o instituto.
A proposta também foi defendida pelo senador bolsonarista Lasier Martins (Podemos-RS). Confira:
>>> Moraes via atuação política e falta de isenção em assessor exonerado do TSE
O TSE demitiu o servidor Alexandre Gomes Machado, assessor de gabinete da Secretaria Judiciária da Secretaria-Geral da Presidência. O motivo foram supostas irregularidades na fiscalização da veiculação de inserções da propaganda eleitoral de Jair Bolsonaro (PL). O tribunal afirmou que Machado trabalhava com falta de isenção e com aparência de atuação política.
A campanha de Bolsonaro afirmou que rádios, principalmente do Nordeste, teriam deixado de veicular propagandas eleitorais do candidato à reeleição.
Eleições
A pesquisa Ipespe/Abrapel, divulgada nessa terça-feira (25), mostrou o candidato a presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em primeiro lugar contra Bolsonaro na disputa pelo segundo turno, marcado para o dia 30 de outubro.
Outra pesquisa, a do Ipec, apontou que os dois candidatos estão tecnicamente empatados no estado de São Paulo, maior colégio eleitoral do País.
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