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Bolsonaro pede e ruralistas enviarão tratores para desfilar junto com blindados no 7 de setembro em Brasília

Pedido inicial do Palácio do Planalto era para que os ruralistas levassem 300 tratores. O número, porém, foi reduzido para 28 por razões de organização e segurança

Bolsonaro em trator (Foto: Isac Nóbrega/PR)

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247 - O setor do agronegócio, uma das principais bases de apoio do governo Jair Bolsonaro (PL), enviará 28 tratores para participar do desfile cívico-militar do dia 7 de Setembro na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. De acordo com a Folha de S. Paulo, o envio dos equipamentos que irão participar do evento, que também contará com militares e veículos das Forças Armadas, atende a um pedido feito diretamente pelo Palácio do Planalto. A ideia inicial era levar 300 veículos agrícolas do gênero para a comemoração do Dia da Independência.

Segundo aliados do Planalto, o objetivo é fazer com que os tratores demonstrem a força do agronegócio para a economia . “O apoio do agronegócio ocorre por meio do Movimento Brasil Verde e Amarelo —grupo bolsonarista do segmento, que participou nos atos do 7 de Setembro do ano passado, quando manifestantes atacaram instituições, entre elas o STF (Supremo Tribunal Federal)”, ressalta a reportagem. 

Além dos tratores, os ruralistas devem levar para a Esplanada um carro de som, mediante a expectativa de que Bolsonaro possa fazer um discurso após o desfile cívico-militar. Aliados de Bolsonaro, porém, temem que as manifestações bolsonaristas possam tomar um rumo mais agressivo, a exemplo do que ocorreu no ano passado, o que tende a aprofundar a crise institucional entre o Executivo e o Judiciário.

O Movimento Brasil Verde e Amarelo tem o ruralista e ex-presidente da Aprosoja (Associação Brasileira dos Produtores de Soja) Antônio Galvan como um de seus líderes. Galvan, que é filiado ao PTB e disputa uma vaga no Senado pelo Mato Grosso, é investigado pelo STF por incitação à prática de atos violentos e ameaçadores contra a democracia no dia 7 de setembro do ano passado.

Ele também é próximo do ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência (GSI), general Augusto Heleno, e do secretário de Assuntos Fundiários do Ministério da Agricultura, Luiz Antonio Nabhan Garcia.

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