Câmara aprova intervenção federal na segurança pública do DF
O texto segue agora para o Senado na forma do Projeto de Decreto Legislativo, que deverá ser votado pelos senadores nesta terça-feira (10)
247, com Agência Câmara - A Câmara dos Deputados confirmou em Plenário a intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal decretada pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, como resposta aos atos de vandalismo ocorridos neste domingo em Brasília. A votação foi simbólica. O texto segue agora para o Senado Federal na forma do Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 1/23, que deverá ser votado pelos senadores nesta terça-feira (10).
Relator da proposta, o deputado Rubens Pereira Júnior (PT-MA) afirmou que se trata de medida “amarga”, mas “necessária e proporcional” em face dos fatos tão graves ocorridos. O objetivo é recuperar o controle da ordem pública no Distrito Federal.
O parlamentar ressaltou que as forças de segurança pública do Distrito Federal se mostraram incapazes de impedir, de coibir e de reprimir os ataques conduzidos por pessoas com intenção de depor o governo democraticamente eleito. “Com efeito, o governo do Distrito Federal e sua Secretaria de Segurança Pública foram, para dizer o mínimo, inábeis, negligentes e omissos ao cuidar de um tema tão sensível, porquanto se tratava de tragédia anunciada”, disse.
Antes da aprovação da proposta na Câmara, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) havia nomeado o secretário executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Garcia Cappelli, como interventor federal na área de segurança pública no Distrito Federal.
O ex-ministro da Justiça Anderson Torres era secretário de Segurança do Distrito Federal, mas foi demitido, medida publicada no Diario Oficial desta segunda-feira (9) pelo governo (GDF). O aliado de Bolsonaro é acusado de omissão nos ataques ao patrimônio público. A Advocacia-Geral da União pediu a prisão de Torres.
O ministro do STF Alexandre de Moraes afastou Ibaneis Rocha (MDB) - o emedebista não comandará o GDF por 90 dias e disse que respeita a decisão do Supremo.
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