HOME > Brasília

Campos Neto teve 52 encontros com Bolsonaro e apenas um com Lula, mostra agenda

Políticos e ativistas do campo progressista, além de estudiosos, denunciam sabotagem do presidente do Banco Central contra a economia brasileira

Lula (presidente da República), Paulo Guedes (ex-ministro da Economia), Jair Bolsonaro (ex-mandatário) e Roberto Campos Neto (presidente do Banco Central) (Foto: Ricardo Stuckert/PR | Marcos Corrêa/PR)

✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

247 - O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, teve 52 encontros com Jair Bolsonaro (PL) em 48 meses durante a gestão do ex-mandatário. No governo Lula, em 19 meses, houve apenas um encontro com o atual chefe de Estado, apontaram informações da agenda, segundo reportagem publicada nesta sexta-feira (19) no blog Cartografia do Poder, na Carta Capital. 

Políticos e ativistas do campo progressista, além de analistas, vêm pressionando o presidente do BC a baixar com mais velocidade a taxa de juros, atualmente em 10,50%, para estimular o acesso ao crédito, o poder de compras, e a expansão da economia. 

O início das reduções da Selic foi em agosto de 2023 quando o percentual era de 13,75% ao ano. Desde então, o Comitê de Política Monetária, ligado ao BC, vinha reduzindo os juros no mesmo ritmo: 0,5 ponto percentual a cada encontro. Em maio, o corte na Selic foi de apenas 0,25 p.p. Em junho, o Copom manteve os 10,50%. 

Campos Neto tem argumentado que a inflação é um dos motivos para não diminuir rapidamente a Selic. Se os juros sobem, as pessoas têm menos dinheiro para gastar, e os preços ficam estagnados ou caem. Se os juros diminuem, o crédito fica mais barato, e a população tem mais dinheiro para gastar - neste caso, o custo de vida pode subir, mas, no contexto atual, a inflação já está baixa. 

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2023, indicador que mede a variação de preços de uma cesta de produtos e serviços consumida pela população, fechou com alta acumulada de 4,62%, abaixo do teto da meta (4,75%). 

As críticas a Roberto Campos Neto também aumentaram no mês passado porque o presidente do Banco Central deu sinais de que pode receber convite para ser ministro da Fazenda em um possível governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) caso o governador de São Paulo seja candidato a presidente da República e ganhe a eleição de 2016.

O chefe do Executivo paulista foi ministro da Infraestrutura de Jair Bolsonaro (PL), que é o principal nome extrema-direita, mas está inelegível por espalhar fake news ao fazer uma acusação sem provas e denunciar falta de segurança do sistema eleitoral contra fraudes.

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Relacionados