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    Com investigações avançando sobre militares, presidente da CPMI dos Atos Golpistas toma café da manhã com Comando do Exército

    Convite foi feito pelo próprio Exército, que diz estar "aberto a cooperar". Maia saiu da reunião dizendo que os militares foram "fundamentais para a preservação da democracia"

    Deputado Arthur Maia e militares (Foto: Pedro França/Agência Senado | ABr)

    247 - Nesta quarta-feira (23), o presidente da CPMI dos Atos Golpistas, Arthur Maia (PP-BA), foi recebido pelo Comando do Exército em um café da manhã institucional. De acordo com a apresentadora Camila Bomfim, da Globonews, era "inevitável" que um dos assuntos não fossem os militares suspeitos de envolvimento em atos contra a democracia.

    A jornalista informa ter ouvido, no entanto, que "o Exército está sempre aberto a cooperar". O café da manhã aconteceu em meio a sérias suspeitas levantadas na CPMI a respeito das ações dos militares. O próprio Exército fez o convite para a reunião.

    Em entrevista coletiva a jornalistas após a reunião, Maia declarou que "o papel das Forças Armadas foi [sic] fundamental para preservação da democracia" e disse ser "importante concluir os trabalhos [da CPMI] preservando as instituições brasileiras".

    Ele também voltou a rechaçar a ideia de inclusão do escândalo das joias no rol de investigações da CPMI: "venda de joias, quebrar o RIF [Relatório de Inteligência Financeira] do presidente Bolsonaro. Será que vocês, alguém aqui, em juízo perfeito, vai imaginar que o presidente Bolsonaro estava lá mandando Pix, da conta dele, para patrocinar invasão do Palácio do Planalto ou do Congresso Nacional no dia 8 de janeiro? Obviamente que não".

    Na semana passada, o hacker Walter Delgatti Neto revelou em depoimento que visitou o Ministério da Defesa em 2022 por cinco vezes, enviado por Jair Bolsonaro (PL), e que entrava no edifício pela porta dos fundos para evitar registros. Ele afirmou ter se encontrado com o então ministro Paulo Sérgio Nogueira.

    O hacker também alegou que o relatório do ministério sobre as urnas eletrônicas, entregue ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 9 de novembro de 2022, foi elaborado com base em suas orientações. As conclusões apresentadas no relatório que apontam para a possibilidade da existência de fragilidades no sistema eleitoral brasileiro contradizem as avaliações de outras instituições de fiscalização, como o Tribunal de Contas da União e a Ordem dos Advogados do Brasil, que afirmaram que o processo eleitoral é seguro e não apresenta vulnerabilidades.

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