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    Começa a Semana de Controle e Combate à Hipertensão Arterial no DF

    At dia 28 acontecem palestras, aes educativas e atividade laborais; Braslia possui 400 mil hipertensos

    Gisele Federicce avatar
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    Agência Brasil – Às vésperas do Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, comemorado dia 26 de abril, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) iniciou ontem (22), no centro do Serviço Social do Comércio (Sesc) do Riacho Fundo 2, cidade nos arredores de Brasília, campanha de conscientização com palestras explicativas, atividades físicas e uma mesa expondo alimentos considerados saudáveis.

    A Semana de Controle e Combate à Hipertensão Arterial no Distrito Federal ocorre até 28 de abril em todos os postos de saúde e hospitais de Brasília com o objetivo informar à população sobre os riscos dessa doença que é chamada de silenciosa pelos especialistas, porque ela é assintomática e muitas pessoas só descobrem serem portadoras quando vão aferir a pressão.

    Durante toda a semana, palestras, ações educativas e atividades laborais ocorrerão nos centros de saúde. Na próxima quinta-feira (26), uma equipe formada por funcionários do posto de saúde fará uma caminhada com um grupo de pacientes hipertensos, que sairá do Centro de Saúde 13, na Asa Norte (um dos bairros do Plano Piloto do DF), com destino ao Parque Olhos D'água, na mesma área. A ideia é chamar a atenção da população para a necessidade de hábitos de vida saudáveis como exercícios físicos regulares e dieta balanceada.

    Somente em Brasília, o número de hipertensos chega a 400 mil pessoas. Desse total, 50% não sabem que tem a doença, de acordo com a SES-DF. O coordenador do Programa de Hipertensão do Distrito Federal, Lucimir Henrique, disse que a população precisa se preocupar mais com a saúde indo periodicamente ao médico.

    “Hoje a questão da hipertensão requer uma captação maior da população. Metade dos hipertensos não sabe que é hipertenso porque [eles] não toma uma atitude simples de medir sua pressão [no posto de saúde]. O governo, preocupado com a mortalidade deste grupo, tem realizado seus principais programas logo na atenção primária de saúde (sistema nacional de saúde definido pela Organização Mundial da Saúde)”, explicou o cardiologista.

    Segundo Henrique, a expectativa de vida dos brasileiros reduz-se em 16 anos por falta de esclarecimentos e informação sobre como ter uma vida saudável, mesmo quando o ritmo de trabalho é tenso e a alimentação fica em segundo plano.

    A coordenadora de Endocrinologia da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (DF), Lílian Assunção, disse que a hipertensão arterial está se tornando uma “epidemia” por falta de hábitos mais saudáveis. “O ritmo do dia a dia tem feito as pessoas se alimentarem mal, com comidas fast food e cada vez mais sedentárias. É preciso mudar esse cenário o quanto antes”, alertou.

    O Ministério da Saúde (MS) informou à Agência Brasil que desenvolve uma pesquisa anual que monitora as tendências de crescimento e queda das doenças crônicas não-transmissíveis e seus fatores de risco. Os dados da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) mostram que 23,3% da população brasileira declararam ter recebido diagnóstico de hipertensão no ano de 2010.

    O ministério destacou ainda que programas, como o Saúde na Escola e Academias da Saúde, locais populares para a prática de atividade física, ajudam a reduzir e prevenir essas doenças nos últimos anos.

     

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