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Em depoimento à CPI do DF, ex-chefe Militar do Planalto diz que fez tentativas de desmotivar acampamento golpista

General Dutra afirma que o Exército agiu para conter atos antidemocráticos do 8 de janeiro

(Foto: Reprodução/TV Câmara Distrital)

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247 - O general Gustavo Henrique Dutra, ex-chefe do Comando Militar do Planalto (CMP), defendeu que o Exército fez esforços para "desmotivar" o acampamento golpista em Brasília. Ele afirmou durante depoimento à CPI dos Atos Antidemocráticos em andamento na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), nesta quinta-feira (18) que a instituição se preocupa com a dignidade humana, a preservação da vida e o cumprimento legal das atividades.

O general negou a colaboração dos militares com os golpistas e explicou que, quando receberam a ordem judicial em 8 de janeiro, agiram imediatamente.

“Nenhuma instituição disse: ‘Esse acampamento é ilegal’. E estabelecemos uma estratégia indireta para desmobilizar. Limitamos acesso, logística. […] Em Belém, quando houve ordem judicial, imediatamente o acampamento foi desmontado. Aqui, nunca trataram o acampamento como ilegal, trataram ilegalidades que por ventura acontecessem no acampamento.”

Durante o depoimento, o general Dutra também foi mencionado por um coronel da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), que o acusou de impedir prisões de golpistas no quartel-general após ordem do ministro do STF Alexandre de Moraes. Além disso, uma reunião com o ex-secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Torres, antes do atentado contra a democracia de janeiro, também foi destacada. 

De acordo com reportagem do Metrópoles, os deputados da CPI planejam questionar Dutra sobre os bastidores da tentativa de prisão no acampamento, que foi bloqueada pelos militares do Exército.

Ainda de acordo com a reportagem, o Exército planeja adotar duas linhas de defesa durante os depoimentos na CPI. Primeiramente, argumentará que não pôde encerrar o acampamento antes do dia 8 de janeiro, pois não havia nenhuma ordem judicial para isso. Em segundo lugar, justificará que não havia condições logísticas para prender os bolsonaristas imediatamente após a decisão de Moraes, ressaltando que a ação só poderia ser realizada na manhã do dia 9.

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