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    Em voto duro contra Moro, Lewandowski pergunta por que delação de Palocci foi vazada perto da eleição

    No julgamento do STF em que o ex-presidente Lula obteve duas vitórias - terá acesso aos documentos da Odebrecht e a delação de Palocci não poderá ser usada contra ele - o ministro Ricardo Lewandowski fez questionamentos duríssimos ao ex-juiz da Lava Jato

    Ricardo Lewandowski, Sergio Moro e Lula (Foto: STF | Agência Brasil | Ricardo Stucket)

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    247 - O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, fez um voto duríssimo contra o ex-juiz da Lava Jato e ex-ministro da Justiça Sergio Moro em julgamento na tarde desta terça-feira (4) em que a defesa do ex-presidente Lula obteve duas vitórias.

    Por 2 votos a 1, a Segunda Turma do STF decidiu que Lula poderá acessar todos os dados dos sistemas Drousys e MyWebDay, da Odebrecht, que interessem à defesa, e também retirou a delação do ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci de ação contra o petista.

    Em seu posicionamento, Lewandowski questionou por que Sergio Moro, como juiz federal, segurou a delação de Palocci por três meses e decidiu vazá-la uma semana antes da eleição presidencial de 2018.

    "(...) Por que o magistrado determinou, de ofício, e após o encerramento da instrução processual, seu encarte nos autos da ação penal e o levantamento do sigilo, precisamente na semana que antecedeu o primeiro turno da disputa eleitoral? 

    Com essas e outras atitudes que haverão de ser verticalmente analisadas no âmbito do HC 164.493/PR, o referido magistrado - para além de influenciar, de forma direta e relevante, o resultado da disputa eleitoral, conforme asseveram inúmeros analistas políticos, desvelando um comportamento, no mínimo, heterodoxo no julgamento dos processos criminais instaurados contra o ex-Presidente Lula -, violou o sistema acusatório, bem como as garantias constitucionais do contraditório e da ampla defesa (art. 5º, LV, da CF)", anotou o ministro Lewandowski em sua decisão.

    Confira a íntegra do voto:

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