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    Escândalo das joias pode virar CPI na Câmara

    A base governista na Câmara quer instalar uma CPI para investigar o desvio de objetos de alto valor da Presidência, que foram vendidos no exterior por aliados de Bolsonaro

    Mauro Cid, Jair Bolsonaro e Lourena Cid (Foto: Alan Santos/PR/Divulgação | Divulgação/Polícia Federal | Divulgação/Alesp)

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    247 - A operação realizada pela Polícia Federal (PF) visando aliados de Jair Bolsonaro (PL) pode resultar em implicações políticas significativas, incluindo uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara dos Deputados, informa a CNN Brasil. A base do governo Lula (PT) na Casa está se mobilizando para iniciar uma investigação sobre o esquema de venda ilegal de joias recebidas como presentes durante viagens oficiais de Bolsonaro. >>> Auxiliares veem em decisão de Moraes "prenúncio" da prisão de Bolsonaro

    O ímpeto para essa iniciativa foi reforçado pela operação policial, que teve como alvos Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, e seu pai. Além deles, Frederick Wassef, ex-advogado de Bolsonaro, também foi alvo da PF. Segundo as autoridades, Wassef teria recomprado um relógio que foi ilegalmente vendido por Cid, conforme a investigação da PF. Essas ações resultaram na solicitação de quebra dos sigilos bancário e fiscal de Bolsonaro pela PF.

    A coleta de assinaturas para a instauração da CPI começou em meados de abril, quando veio à tona o caso das joias recebidas pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro da Arábia Saudita. No entanto, a atenção se desviou para as negociações em torno da instalação da CPMI do 8 de janeiro. Agora, as investigações da PF estão reavivando o interesse no caso. >>> Investigação cita US$ 25 mil em dinheiro que seriam para Bolsonaro

    De acordo com a PF, os suspeitos estão sendo investigados por supostamente utilizar a estrutura do Estado brasileiro para desviar objetos de alto valor patrimonial, que foram presenteados por autoridades estrangeiras durante missões oficiais, por meio da venda desses itens em países estrangeiros. Até o momento, a investigação apontou que os lucros dessas vendas ilegais foram convertidos em dinheiro em espécie e incorporados ao patrimônio pessoal dos investigados.

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