Freixo após Câmara manter prisão de Chiquinho Brazão: 'o sentimento é de alívio'
Segundo o presidente da Embratur, 'não cabia ao Parlamento atropelar uma investigação tão séria da Polícia Federal'
247 - O presidente da Embratur (Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo), Marcelo Freixo, afirmou que sente "alívio" com decisão da Câmara dos Deputados de manter a prisão de Chiquinho Brazão (ex-União Brasil-RJ), acusado de ser um dos mandantes do assassinato da ex-vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco (PSOL), vítima de homicídio cometido por integrantes do crime organizado em março de 2018 num lugar sem câmeras na região central do Rio.
Policiais federais tentam conseguir mais detalhes do crime. Investigadores apuram se uma das motivações do assassinato foi uma tentativa de intimidar Freixo, que presidiu a CPI das Milícias, em 2008, quando era deputado estadual no Rio de Janeiro. Ele era do PSOL na época e atualmente é filiado ao PT.
"Não cabia ao Parlamento atropelar uma investigação tão séria, tão importante da Polícia Federal, a decisão de uma turma do Supremo, de 5 a 0", disse Freixo, segundo relatos publicados no portal Uol. "O Parlamento tem outra função. Tem o Conselho de Ética, que é o cabe avaliar, mas ele se mantém preso em respeito a uma investigação que durou seis anos e custou muito caro para todos nós. É um sentimento de alívio importantíssimo".
De acordo com o presidente da Embratur, os parlamentares que votaram pela prisão deram uma posição favorável ao "sentimento correto de justiça". "Quem votou contra a prisão, perdeu. Simples assim".
O advogado do deputado Chiquinho Brazão, Cleber Lopes, contestou que haja estado de flagrante para justificar a prisão do parlamentar. "Na CCJ, pretendeu-se construir a ideia de que havia estado de flagrância e que o crime era inafiançável. Se houvesse estado de flagrante, será que a Polícia Federal não o teria prendido em flagrante?", questionou.
O advogado reclamou que até agora não tem acesso à delação premiada que respaldou a prisão de Brazão. "Meu cliente está preso por uma delação a que eu não posso ter acesso", criticou.
Ele lembrou que, nos últimos anos, pessoas foram presas por conta de delações premiadas sem confirmação posterior, em que o investigado foi absolvido ou sequer denunciado.
* Com informações da Agência Câmara
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