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    Futuro diretor da PRF é lavajatista e defendeu a prisão de Lula

    Edmar Camata publicou fotos de um evento em homenagem à então Operação Lava Jato e a Deltan Dallagnol

    Deltan Dallagnol e Edmar Camata (Foto: Reprodução)

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    247 - Atual secretário de Controle e Transparência do estado do Espírito Santo, o policial rodoviário federal Edmar Camata, anunciado nesta terça-feira (20) como o novo diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), publicou nas redes sociais, em julho de 2017, fotos de um evento em homenagem à então Operação Lava Jato e ao então procurador Deltan Dallagnol, eleito deputado federal pelo Podemos-PR em 2022. A informação sobre as postagens dele foi publicada pela coluna de Mônica Bergamo

    "Tive cinco minutos que certamente milhões de brasileiros gostariam de ter, e espero ter honrado. À frente, o coordenador da força-tarefa, Deltan Dallagnol. Pude falar do orgulho e confiança que a ampla maioria dos brasileiros tem na atuação desses profissionais, que de maneira inovadora se impõem contra a corrupção", disse ele. 

    Após Lula ser preso, em 2018, Camata apoiou a condenação e publicou um texto em que falava sobre "um sistema eleitoral viciado que favoreceu atores corruptos no poder". "O fato, hoje, é que Lula está preso. Também estão presos Cabral, Cunha, Geddel, Vaccari, André Vargas, Henrique Alves, Palocci, Gim Argelo… todos presos. Todos inocentes? Todos sem provas? Lula não foi o primeiro. Ao contrário, sua prisão foi cercada de precauções, para muitos, desnecessárias", escreveu em 13 de abril de 2018.

    Condenação anulada

    No primeiro semestre de 2021, o Supremo Tribunal Federal anulou declarou a suspeição do ex-juiz Sérgio Moro nos processos contra Lula.

    O petista foi condenado sem provas no processo do triplex em Guarujá (SP). Ao apresentar a denúncia em 2016, o procurador Henrique Pozzobon afirmou que não existia "prova cabal" de que Lula era o proprietário do apartamento. De acordo com as investigações, o imóvel pertencia à OAS.

    A partir de 2019, o site Intercept Brasil e outros veículos divulgaram trechos de conversas de Moro e procuradores do Ministério Público Federal (MPF-PR). Os diálogos apontaram que o então juiz ajudava promotores na elaboração das denúncias, ou seja, fazia papel de uma espécie de "assistente de acusação. 

    Moro tirou Lula da eleição de 2018 e foi ser ministro da Justiça no governo de Jair Bolsonaro. Menos de seis meses depois, deixou a gestão sob o argumento de que o ocupante do Planalto queria interferir na Polícia Federal. 

    Em junho deste ano, o ex-juiz foi derrotado no Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo por fraude em domicílio eleitoral. Com a decisão, ele foi candidato a senador pelo União Brasil no Paraná. Foi eleito. 

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