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    Gleisi faz "convite formal" ao MDB para integrar transição e diz querer apoio do partido no Congresso

    Presidente do PT afirmou que a formação de um bloco na Câmara e Senado é uma decisão que cabe aos parlamentares, mas reconheceu: "obviamente queremos contar com o apoio do MDB"

    Baleia Rossi e Gleisi Hoffmann (Foto: Reprodução/CNN Brasil)
    Guilherme Levorato avatar
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    247 - A presidente do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), e o presidente do MDB, deputado federal Baleia Rossi (SP), se reuniram nesta terça-feira (8) em Brasília e concederam entrevista coletiva na sequência. A petista afirmou ter convidado formalmente o MDB para compor a equipe de transição do novo governo federal.

    "Vim aqui fazer um convite formal ao MDB para que integre - já tinha feito esse convite informalmente, mas vim formalizar - conosco o processo de transição. Achamos muito importante ter os partidos formalmente, institucionalmente neste processo. Nós já vamos apresentar um nome de dez partidos políticos que estão conosco, que estiveram durante o processo eleitoral, no primeiro turno e também no segundo turno, incluindo o PDT. E nós gostaríamos muito que o MDB participasse desse conselho político do governo de transição, para a gente já discutir as questões programáticas, o que vem pela frente, as dificuldades que nós podemos ter, enfim. Isso sem prejuízo de indicação, também, de técnicos e de pessoas que possam nos ajudar no processo de grupos de trabalho da transição. Nós teríamos 32 grupos de trabalho, se não me engano, em que a gente tem que fazer um diagnóstico do governo, e é muito importante que os partidos políticos que estiveram com a gente e estão com a gente participem desde já. Então vim formalizar esse convite ao deputado Baleia. Ele ficou de conversar com o partido, mas senti grande disposição de caminharmos juntos. Pelo bem do Brasil, da reconstrução do país, da normalização da política, acho que a gente tem que fazer essa unidade também governamental", disse Gleisi.

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    Rossi afirmou que se reunirá com lideranças emedebistas para decidir aceitar, ou não, o convite. A participação do MDB na equipe de transição já é dada como certa e a consulta a outros nomes do partido é apenas uma formalidade. 

    O nome do MDB que vai integrar o time de transição deverá ser anunciado até esta quarta-feira (9). "O MDB acho que é o partido mais democrático do Brasil. Nós temos diferenças regionais, temos grandes líderes, e todos vão ser consultados, vão participar dessa decisão. Há um espírito colaborativo muito grande no MDB. Eu já tenho feito conversas e tenho convicção de que o MDB estará participando dessas discussões. Fiz algumas ponderações à presidente Gleisi, principalmente no que diz respeito a algumas pautas que são caras ao MDB, como, por exemplo, a reforma tributária. É um dos assuntos que nós nos debruçamos nos últimos três anos, tem um relatório já avançado. Claro que pode e deverá ter mudanças, mas acho que é uma pauta que conversa com a sociedade, principalmente das propostas do presidente Lula de gerar emprego, renda e melhorar o ambiente de negócio, fazer com que a nossa economia volte a crescer. O pacto federativo, temos uma preocupação muito grande com estados e municípios que, por várias medidas que foram tomadas, estão sofrendo com falta de recursos. Reafirmei as colocações, que foram sugestões da Simone Tebet ao presidente Lula no segundo turno na área da Educação, da Saúde, na área de políticas para as mulheres, de um governo plural. Portanto, acredito que o MDB pode ajudar muito na questão da agenda, que é uma agenda convergente. Não é uma decisão que vou tomar sozinho. O MDB não tem dono, é um partido que tem muitos líderes, e eu vou conversar com cada um. Posso adiantar que vejo no partido um espírito colaborativo muito grande. Acredito que até amanhã teremos essa definição"".

    Bloco no Congresso

    Os dirigentes foram perguntados sobre a possível criação de um bloco parlamentar entre PT e MDB no Congresso Nacional.

    Rossi disse que a a formação do bloco dependerá dos líderes do partido na Câmara e Senado, mas disse encarar a possibilidade como 'natural'. "Essa é uma discussão que vai ocorrer nas bancadas. Nosso líder, Isnaldo Bulhões (MDB-AL), é um deputado muito atuante aqui na Câmara e essa composição de blocos vai acontecer naturalmente, mas pelas lideranças das bancadas, tanto na Câmara quanto no Senado".

    Gleisi deixou claro que o novo governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quer contar com o apoio do MDB no Legislativo. "É uma discussão que cabe ao Congresso Nacional. Obviamente que nós gostaríamos, queremos enquanto governo, de contar com o apoio do MDB no processo de governança, isso com certeza".

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