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    Intentona golpista tinha seis núcleos, apontam investigações da PF

    Um dos eixos do plano de golpe eram ataques ao sistema eleitoral. O outro seria o de estimular adesão de militares. Também havia o núcleo da inteligência paralela

    Mauro Cid (à esq.) e Jair Bolsonaro (Foto: REUTERS)

    247 - As investigações da Polícia Federal (PF) apontaram que o esquema de Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados para uma tentativa de golpe tinha seis núcleos. Um deles era desinformação e ataques ao sistema eleitoral. O outro seria o de estimular militares a aderirem à ruptura institucional. O terceiro eixo era o núcleo jurídico.Também havia o núcleo operacional de apoio às ações golpistas, o da inteligência paralela e, por último, o dos oficiais de alta patente com influência e apoio a outros núcleos. A informação foi publicada no portal G1.

    Sobre o primeiro núcleo, a PF disse que o objetivo era estimular seguidores a continuarem na frente de quarteis e instalações das Forças Armadas. Integrantes, segundo a PF: Anderson Torres, Angelo Martins Denicoli, Eder Lindsay Magalhães Balbino, Fernando Cerimedo, Guilherme Marques Almeida, Hélio Ferreira Lima, Mauro César Barbosa Cid, Sergio Ricardo Cavaliere de Medeiros e Tércio Arnaud Tomaz.

    O segundo núcleo tinha como finalidade aumentar os ataques pessoais contra militares em posição de comando que resistiam às investidas golpistas. De acordo com a PF, os integrantes eram Walter Souza Braga Netto, Mauro Cesar Barbosa Cid. Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho, Ailton Gonçalves Moraes Barros e Bernardo Romão Corrêa Netto.

    O terceiro eixo, jurídico, queria fundamentar juridicamente e elaborar minutas de decretos que atendessem aos interesses golpistas do grupo investigado. Os membros do núcleo eram Filipe Garcia Martins Pereira, Anderson Gustavo Torres, Amauri Feres Saad, Mauro César Barbosa Cid e José Eduardo de Oliveira e Silva.

    O quarto núcleo, sob coordenação de Mauro Cid, atuava em reuniões de planejamento e execução de medidas para manter as manifestações em frente aos quarteis. Os participantes deste eixo eram Sergio Ricardo Cavaliere de Medeiros, Bernardo Romão Corrêa Netto, Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira, Alex de Araújo Rodrigues e Cleverson Ney Magalhães.

    O quinto núcleo era o da inteligência paralela - coleta de desinformações que pudessem ajudar na tomada de decisões de Bolsonaro. Uma das medidas era o monitoramento do itinerário, deslocamento e localização do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, e de possíveis outras autoridades da República. Participavam do esquema Augusto Heleno, Marcelo Costa Câmara e Mauro César Barbosa Cid.

    O sexto eixo (dos oficiais de alta patente com influência e apoio a outros núcleos) usava da alta patente militar de seus integrantes para influenciar e incitar apoio aos demais núcleos de atuação. Os integrantes do núcleo eram Walter Souza Braga Netto, Almir Garnier Santos, Estevam Theophilo Gaspar de Oliveira, Laércio Vergílio, Mario Fernandes, e Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira.

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