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Jornalista e ativista pró-Palestina foi monitorado ilegalmente por software israelense utilizado pela Abin no governo Bolsonaro

Pedro César Batista, jornalista e consultor de comunicação, organizou protestos pedindo o afastamento de Jair Bolsonaro

Pedro César Batista | Abin (Foto: Reprodução/Youtube | Antonio Cruz/Agência Brasil)

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247 - O monitoramento ilegal de críticos e opositores do governo Jair Bolsonaro (PL) feito pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo do ex-mandatário, por meio do software espião FirstMile, envolveu políticos,autoridades jornalistas, funcionários públicos e até mesmo cidadãos desconhecidos. Segundo a coluna do jornalista Rodrigo Rangel, do Metrópoles, um dos alvos monitorados pela Abin foi o jornalista e consultor de comunicação de Brasília Pedro César Batista.

Batista, que é apresentador de um programa sobre literatura na TV Comunitária de Brasília e é ligado a movimentos sociais, só soube que havia sido monitorado ao ser contatado pela reportagem.

“Dedicar-se à defesa da democracia, combater o arbítrio e desejar uma sociedade mais justa virou ilegalidade para alguns setores que dirigiram o país e para outros que ainda dirigem. Usam o Estado contra quem defende a vida e a dignidade humana e se insurge contra a corrupção e o arbítrio”, disse ele. “Acredito que a minha ação buscando contribuir contra o arbítrio tenha sido a causa de mais essa perseguição”, completou.

Com passagens pelo governo Dilma Rousseff, onde prestou consultoria para o Ministério do Desenvolvimento Agrário, e experiência em cargos como assessor de imprensa na Câmara Legislativa e na Casa Civil do governo local, Batista é conhecido por seu engajamento político e pela atuação em favor da causa palestina.

Durante o governo Bolsonaro, destacou-se na organização de protestos pedindo o afastamento do então mandatário. Mesmo não sendo filiado a partidos de esquerda atualmente, ele foi um dos fundadores do Comitê Popular Fora Bolsonaro em Brasília. Na ditadura militar, Batista foi espionado pelo Serviço Nacional de Informações (SNI) que deu origem à Abin após a democratização.

O caso de Batista não é isolado. Dirigentes políticos, como José Vitor Imafuku, do PDT em São Paulo, também foram alvos da Abin por coordenarem protestos contra Bolsonaro. Um outro alvo do monitoramento ilegal feito pela Abin foi o jornalista Afonso Mônaco, repórter policial da TV Record.

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