TV 247 logo
    HOME > Brasília

    Lira cria 'salinha do orçamento secreto' para distribuir verbas a aliados antes das eleições

    Lira ativou uma sala para acelerar a distribuição de verbas do orçamento secreto antes do fim do prazo para as eleições. Parlamentares formam fila para serem atendidos

    Presidência, Reunião de Líderes. Dep. Arthur Lira PP - AL (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)
    Guilherme Levorato avatar
    Conteúdo postado por:

    Sputnik - O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Progressistas-AL), ativou uma sala no segundo pavimento de um prédio anexo à Casa para acelerar a distribuição de verbas do chamado "orçamento secreto" antes do fim do prazo para as eleições, revelou o jornal O Estado de S. Paulo, nesta sexta-feira (1º).

    De acordo com a publicação, a "salinha", em corredor mal iluminado, conta com seis assessores de Lira, que atendem principalmente a pedidos de emendas de parlamentares da base aliada do governo de Jair Bolsonaro.

    O jornal aponta que a sala utilizada é o número 135 da ala B do Anexo II, no mesmo prédio em que funcionam colegiados como as comissões de Constituição e Justiça (CCJ), Orçamento e Direitos Humanos, entre outras.

    O Estadão escreveu que "nas tardes de quarta e quinta-feira, 29 e 30 de junho, a reportagem registrou filas de pessoas aguardando para ser atendidas" e que "o alto movimento [no segundo dia] contrastava com um Congresso às moscas".

    Segundo o jornal, deputados e assessores "corriam para liberar as verbas" antes deste sábado (2), quando se encerra o prazo da Lei das Eleições, que determina que as autorizações para os pagamentos das verbas devem ser suspensas.

    No "orçamento secreto", o presidente da Câmara tem destinado recursos "de forma não igualitária" entre parlamentares, priorizando "apenas interesses eleitorais da base do governo", informou o Estadão. Em 2022, a quantia total liberada já é de R$ 16,5 bilhões, de acordo com a mídia.

    O jornal indicou que a sala começou a funcionar em abril, mas o movimento se intensificou nos últimos dias, após a operação da Polícia Federal que prendeu o ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro. Em junho, "foram empenhados R$ 5,79 bilhões", de acordo com o Estadão.

    O jornal lembra que há uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) que questiona o novo dispositivo de distribuição de emendas, em uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF), de número 854.

    Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

    ❗ Se você tem algum posicionamento a acrescentar nesta matéria ou alguma correção a fazer, entre em contato com redacao@brasil247.com.br.

    ✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no Telegram do 247 e no canal do 247 no WhatsApp.

    iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

    Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista: